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Terça-feira, 17 de setembro de 2024

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Assessor ministerial que autorizou modal VLT para Cuiabá é demitido

Cássio Ramos Peixoto, chefe de gabinete e braço direito do ministro das Cidades, Mario Negromonte, foi demitido nesta quarta-feira (25) em Brasília após reportagem de a Folha de S. Paulo revelar uma manobra feita por ele para evitar a fiscalização de recursos aplicados em um projeto milionário do Ministério das Cidades. Peixoto também era envolvido na denúncia de adulteração de um parecer técnico do ministério que autorizava a troca do BRT (Bus Rapid Transit) para o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos).


Foi Cássio Ramos quem avalizou o documento que teria sido forjado pela diretora de mobilidade urbana da pasta, Luiza Gimide, que adulterava o parecer técnico que vetava a mudança do projedo de mobilidade urbana na capital, de acordo com denúncia feita pelo jornal O Estado de S. Paulo. Com a suposta adulteração, os custos do projeto foram ampliados em R$700 milhões.

A exoneração do cargo não foi a pedido de Peixoto, segundo a portaria. A demissão dele ocorreu dois dias depois de a Folha de S. Paulo revelar sua participação em negociações com um empresário e um lobista interessados em um projeto milionário do ministério.

Conforme revelou a Folha, no dia 9 de agosto, Peixoto recebeu em seu gabinete o dono da Poliedro Informática, Luiz Carlos Garcia, e o lobista Mauro César dos Santos para discutir o assunto, ligado a uma proposta de informatização da pasta. O encontro ocorreu depois de três reuniões do empresário e do lobista na casa do deputado João Pizzolatti (PP-SC) sobre o mesmo tema.

Negromonte participou de pelo menos uma das reuniões, assim como seu secretário-executivo, Roberto Muniz. Todos os envolvidos negam que as conversas trataram de algum acerto. A estratégia discutida seria estabelecer um convênio da pasta com um organismo internacional para levantar recursos externos, que não podem, por exemplo, ser fiscalizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

A exoneração foi assinada pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que tem a prerrogativa de nomear e exonerar quem ocupa este tipo de cargo e foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.  Com informações da Folha de S. Paulo, de O Estado de S. Paulo e do Portal Terra.

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