O senador Pedro Taques (PDT-MT) pediu a inclusão do ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraesrrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, entre os depoimentos a serem colhidos pelos deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as ligações do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a empresa Delta e agentes públicos. "Ele já demonstrou interesse em depor nesta CPMI. Foi diretor do Dnit. Ele tem muito a falar", justificou.

O depoimento de Pagot é considerado crucial para apurar as circunstâncias de sua demissão do Dnit. Conforme já noticiado pelo Olhar Direto, Carlinhos Cachoeira aparece em uma gravação telefônica comemorando a saída do ex-diretor do Dnit. Vale lembrar que Pagot colecionou desafetos por conta de exigências feitas pelo Dnit em obras tocadas pela Delta.

Ampla investigação

Taques defendeu também uma ampla investigação nas relações da empresa Delta em todo o país. Ao criticar a decisão de restringir as investigações às operações da empresa na região Centro-Oeste, ele disse que a construtora possui operações em todo o país.

"Não pode ser uma CPMI de brincadeira. A Delta possui negócios com 23 estados e com o Governo Federal. Não pode se restringir a uma só região", ponderou ao lembrar que a CPMI ouvirá também os governadores de Mato Grosso, Silval Barbosa, de Goiás, Marconi Perilo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiróz.

O deputado Fernando Franceschini (PSDB-PR) também pediu a retirada da restrição à apuração das operações na Delta do Centro-Oeste. Ele lembrou que a empresa pediu desligamento de obras milionárias, como a reforma do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

"Quais são as condições deste desligamento consentido? Temos que investigar isso. A Delta possui inúmeros contratos com municípios. Não pode[m] [as investigações] ficar[em] restrito[as] a uma região", frisou.




Atualizada às 17h