O senador Jaime Campos (DEM-MT) rebateu manifestação do seu colega Pedro Simon (PMDB-RS) e negou que tenha integrado a Arena, partido politico que deu sustentação política à didatura militar no Brasil entre os anos 60 e 70. A rusga ocorreu nesta quarta-feria (24.4) no plenário do Senado durante o debate sobre a proposta que restringe o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e à propaganda de rádio e TV (PLC 14/2013).

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Em seu pronunciamento, Simon criticou a postura de Jaime que, segundo o parlamentar gaúcho, defendeu a colocação da proposta em votação apesar do baixo quórum no plenário do Senado.

Simon criticou Jaime ao dizer que o parlamentar matogrossense está acostumado a “não discutir as coisas e ir direto para a votação”, como nos tempos da ditadura. Jaime entendeu o recado como uma afronta e pediu a palavra. “Nunca fui da Arena. Fui prefeito trIes vezes de Várzea Grande, governador do Estado e depois senador e não aceito as colocações do colega senador”, disse em aparte ao discurso de Simon.

Campos criticou a postura do peemedebista, que deu a entender que o matogrossense não é afeito a debater assuntos de interesse da coletividade. “Ele não pode dizer uma coisas dessas. Considerei isso uma afronta e não vou tolerar este tipo de manifestação”, disse Campos ao Olhar Direto.

A sessão sobre a criação de novos partidos foi tensa. Em outro momento constrangedor, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) prestou solidariedade ao senador Jorge Viana (PT-AC) depois de o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), ter defendido a expulsão de Viana do PT por proceder a colocação em pauta do pedido de urgência na votação do PLC 14/2013.

Vale dizer que as bases do governo na Câmara e no Senado estão lutando com todas as forças para barrar a criação do Movimento Democrático (MD), novo partido liderado pela ex-ministra Marina Silva.

Corrigida e atualizada em 25.4 às 09h19