Olhar Direto

Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Educação

obrigação

Presidente do CRM acredita que Governo Federal não pode obrigar estudante de rede privada a trabalhar no SUS

Foto: Jardel P. Arruda - OD

Presidente do CRM de Mato Grosso está cética quanto a nova medida do Governo Federal

Presidente do CRM de Mato Grosso está cética quanto a nova medida do Governo Federal

A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso, Dalva Alves das Neves, acredita que o Governo Federal não possui amparo legal para obrigar estudantes de Medicina da rede privada a trabalhar durante dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para completar a formação. Para ela, esses acadêmicos já pagam por algo que deveria ser garantido gratuitamente.


Estudantes de medicina terão que trabalhar 2 anos no SUS

“Não vejo como o governo pode obrigar alguém de uma faculdade particular a trabalhar no SUS. A pessoa já pagou a faculdade que teria direito somente pelos impostos e agora tem de dar outra contribuição para o governo? Por que?”, questionou Dalva.

Duração do curso de medicina subirá de 6 para 8 anos a partir de 2015

Contudo, ela ressalta que essa é uma posição pessoal sobre o tema. Os presidentes dos Conselhos Regionais de Medicina de todo o país, incluindo Dalva, irão se reunir na quarta-feira (10), em Brasília, para decidirem qual será a posição oficial do Conselho Federal de Medicina que será adotada de forma uniforme por todos os CRMs.

Na ocasião eles também devem buscar mais informações sobre como funcionará esse período de trabalho obrigatório no SUS. Por enquanto, as únicas informações são anunciadas pelo ministro da Educação, Aloízio Mercadante, durante o lançamento do programa “Mais Médicos” e o conteúdo da medida provisória publicada nesta terça-feira (9) no Diário Oficial da União.

“Estamos propondo criar um segundo ciclo de graduação. Todos os estudantes de medicina, depois dos seis anos de graduação, ficariam dois anos trabalhando na saúde popular no SUS”, disse o ministro na cerimônia do “Mais Médicos”. Ele ainda citou a possibilidade desses dois anos poderem servir como a residência médica, mas não entrou em detalhes.

O Governo quer que o estudante cumpra mais dois anos de curso trabalhando para o SUS recebendo uma bolsa de estudos. No primeiro ano o acadêmico atuaria atenção básica, como o Programa da Saúde da Família, e no segundo ano nos setores de urgência e emergência. Esses dois anos não excluem a necessidade do universitário passar pelo internato, no qual o estudante do quinto e sexto ano trabalha em várias unidades da rede publica sendo tutorado.

Nesse período o estudante receberia uma autorização temporária para o exercício da medicina e só após esse novo ciclo haveria a conversão em inscrição plena no Conselho Regional de Medicina. Essa alteração passará a ter validade a partir de 2015.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet