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Terça-feira, 20 de agosto de 2024

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Aécio critica eleição plebiscitária e diz que comparações são irrelevantes

O governador Aécio Neves (Minas Gerais) rebateu a estratégia governista para as eleições de outubro e afirmou nesta quarta-feira que o eleitor brasileiro não pretende comparar os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso.


Aécio disse ainda que o PSDB tem um nome na disputa que é o governador José Serra (São Paulo) e que ele tem melhores condições de fazer as mudanças necessárias para o país. Segundo o governador mineiro, o cidadão está preocupado com o candidato capaz de produzir um projeto para o Brasil do futuro.

"Para o cidadão é irrelevante essa tentativa de dizer quem fez mais. Cada um fez a seu tempo o que precisava ser feito. E nós [oposição] fizemos com mais dificuldades porque não houve desprendimento do PT para aprovar o Plano Real. [...] O governo Lula não representou nenhuma ruptura do governo Fernando Henrique Cardoso", afirmou.

Para Aécio, o projeto que Serra pode apresentar é melhor do que a continuidade do atual governo. "Eu estarei ao lado do meu candidato que tem condições de fazer as mudanças necessárias para o Estado. Acredito que a vitória do PSDB e de seus aliados fará melhor ao Brasil do que a continuidade do atual governo.

Aécio afirmou que o PSDB deve oficializar seu candidato até o fim do mês. "O PSDB tem um nome colocado e vai saber o momento oportuno de se posicionar formalmente, mas eu vejo o governador Serra, independente do seu companheiro de chapa, todas as condições de travar um debate de ideias e quem sabe vencer as eleições. [...] Estamos próximos de uma decisão e cabe ao governador conduzir o processo", afirmou.

O governador mineiro confirmou que pretende disputar em outubro a uma vaga ao Senado. Pressionado pelos partidos de oposição a assumir a chapa puro-sangue do PSDB para a disputa à sucessão presidencial, Aécio voltou a reafirmar que "não cogita essa possibilidade".

Pré-candidato do PSDB para a disputa, Serra também repetiu suas últimas declarações públicas sobre a campanha evitando assumir sua candidatura. Serra disse que ainda está preocupado em comandar São Paulo.

Aécio e Serra participam hoje de uma homenagem ao centenário do nascimento do presidente Tancredo Neves, morto em 1985. Serra chegou ao evento avisando que não falaria de eleições. "Não vim falar de política eleitoral. Continuo concentrado no meu trabalho de governador de São Paulo", disse.

A movimentação em torno de Aécio para convencê-lo a disputar a vice-presidência da República na chapa de Serra ganhou novo fôlego depois do crescimento da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), nas pesquisas de intenção de votos. Pesquisa Datafolha revela que a diferença entre Serra e Dilma caiu de 14 para 4 pontos desde dezembro.

Na avaliação de correligionários, Aécio seria capaz de dar uma nova sustentação a Serra na disputa. Além do DEM, o PPS se mobiliza para aprovar manifesto em favor da chapa Serra-Aécio nas eleições de outubro. No manifesto, o PPS afirma que vem defendendo Serra para presidente e Aécio para vice desde o início das articulações para a disputa presidencial.

Nos bastidores, setores da oposição criticam a demora do PSDB em lançar o nome de Serra na disputa enquanto Dilma já anunciou formalmente a sua pré-candidatura. O tucano é pressionado para assumir a sua candidatura, mas reiterou que vai decidir somente próximo à data de deixar o governo de São Paulo.
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