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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Pesquisa incrementa gastronomia no sertão

Alunos e professores do curso de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Quixeramobim estão desenvolvendo um curioso e salutar cardápio, recheado de proteínas, criatividade e consciência ambiental.

Alunos e professores do curso de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Quixeramobim estão desenvolvendo um curioso e salutar cardápio, recheado de proteínas, criatividade e consciência ambiental. Os produtos estão em fase de aprimoramento. As receitas estão sendo cuidadosamente elaboradas. Os resultados começam a ser expostos ao público. Da pizza ao sorvete, pretendem agradar o paladar e o bolso de todos. Em breve, esses e outros saborosos alimentos estarão na mesa do consumidor.


Abrir o cardápio e encontrar todo tipo de mistura na massa italiana, isso não é mais novidade. De feijão também não seria, embora não seja o predileto da maioria, principalmente das crianças. Desafiada a criar um alimento com mais nutrientes, foi exatamente na rejeição do alimento popular que a aluna do 5º semestre, Fernanda Nunes, apostou. Foram meses de pesquisas até encontrar a medida ideal. Ela substituiu o trigo, principal ingrediente da pizza, pelo feijão. A proporção chega a 20% da farinha.

Outra novidade exposta à degustação será a torta de fava. Produzida pela futura tecnóloga de alimentos Satacy Magalhães, além de levar até 30% de farinha da leguminosa, demanda praticamente o mesmo tempo de fermentação e de preparo, similar a feita apenas com trigo. Conforme a estudante, além dos benefícios econômicos e culinários, introduzida na merenda escolar será um importante complemento nutriente para os estudantes. "Eles não gostam muito da fava. Desse jeito nem vão perceber a diferença", comenta. O experimento conta com o auxílio da laboratorista Valdelânia Ferreira e da professora Rafaela Martins.

Expressiva também é a alternativa encontrada pela professora-pesquisadora Ambrósia Costa. Após anos de estudos ela descobriu utilização para o soro de leite. Está sendo empregado no amaciamento de carne de hambúrguer, apresuntado, linguiça e kafta. Mesmo assim o desperdício ainda é acentuado. Mais de 90% do subproduto costuma ser descartado no solo pelas indústrias de laticínios, ou destinado aos porcos. Segundo ela o motivo está na sobra da produção de queijo, em média 900ml em cada litro de leite.

Apenas 10% do soro lácteo é reaproveitado, usado na produção da ricota ou requeijão. Por esse motivo, além do tempero especial nas carnes, as alunas Eugênia Lemos, Janaína Lima, Jamile de Oliveira, Magna Pereira, Naiane de Sousa e Vanessa Nogueira encontraram outra utilização para o líquido amarelado, de elevado teor nutritivo e conservante de alguns componentes do leite. Com reutilização de 50% do soro do leite bovino produzem sorvete de goiaba, maracujá e abacaxi-hortelã. "Além de evitar o desperdício e o risco de poluição do meio ambiente, o insumo torna a textura dos sorvetes mais macia", diz Ambrósia. Agora, a meta é expor a tecnologia à aprovação do público. Uma das oportunidades será a VIII Ferboi, exposição com torneio leiteiro e feira da agricultura familiar. Será no fim do mês, no Parque de Exposição Francisco Eloi da Silva, em Quixeramobim.
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