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Terça-feira, 25 de junho de 2024

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Saiba quais são as diferenças e as semelhanças entre o rum e a cachaça

Eles têm o mesmo DNA: a cana-de-açúcar. São feitos de forma muito parecida: a destilação do álcool.


Mas a brasileiríssima cachaça e o caribenho rum não são a mesma coisa.

Se você sempre teve essa dúvida, chegou a hora de colocar os pingos nos is. Embora nos Estados Unidos por um bom tempo a “caninha” tupiniquim tenha sido conhecida como “rum brasileiro”, o professor Patterson Patricio de Souza, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que cada uma das duas bebidas tem uma composição química própria, que a diferencia da outra.

- A principal é que o rum é feito com o caldo cozinhado da cana, como uma rapadura. Já a cachaça, historicamente, sempre foi feita com o suco fresco, que a gente chama de garapa.

Souza é responsável por um estudo fundamental para a diferenciação dos dois destilados. Sua pesquisa foi usada por produtores de cachaça para diminuir as restrições ao produto nacional do mercado norte-americano, que costuma cobrar altas taxas do rum.

Segundo o pesquisador brasileiro, o processo de fermentação da garapa - a transformação do seu açúcar em álcool - em temperatura natural faz com que sejam formados compostos químicos diferentes dos que surgem quando o suco é aquecido antes de ser fermentado.

- Se você cozinha a matéria-prima, vai alterar substâncias presentes no produto, como os ésteres, os aldeídos e o álcool superior, que são responsáveis pelo sabor final da cachaça.

Na pequena ilha de Barbados, no extremo leste do Caribe, o rum tem status de tesouro nacional. O país prega ser o berço da bebida adorada pelos piratas – disputando a “paternidade” com a vizinha Cuba.

Ao contrário do que costuma acontecer durante o processo de produção da cachaça, nos tonéis onde o suco aquecido de cana começa a dar origem ao rum, em Barbados, é comum o uso de fermentos biológicos externos.

É o que explica o produtor local Larry Warren, que está à frente da fazenda secular St. Nicholas Abbey. Localizada na região de Saint Peter, a propriedade rural mantém toneis de aquecimento da garapa (como mostra a foto acima) e colunas de destilação de cobre, além de moinhos de mais de 350 anos.

No processo de feitio da água ardente brasileira, fermentos são usados, em geral, apenas quando a levedura natural não é suficiente, ensina o professor mineiro.

- Normalmente, a instrução é não usar. Mas, quando a fermentação natural está fraca, o pessoal costuma usar um externo, tipo fermento de padaria, para dar uma ativada. Mas, na tradicional cachaça artesanal mineira, essa prática não é recomendada.

Nos balcões dos bares caribenhos, difícil é encontrar um coquetel sem a bebida. A mistura com sucos de frutas como laranja, manga, limão, toranja e abacaxi – conhecida como rum punch (ponche de rum) – é a mais popular em Barbados, conta o barman Kevin Griffith, do resort Almond Casuarina, no sul da ilha.

- Os sucos de frutas cítricas dão ótimo resultado com o adocicado natural do rum.

Mas os bajan, como são chamados os barbadianos, também costumam combinar o destilado com coca-cola ou com água de coco.

Experimente ainda tomá-lo apenas com alguns cubinhos de gelo. Cai tão bem quanto um uísque.
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