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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Coluna do Auro Ida

Possibilidade de assumir governo em 2014 deixa PP em 'saia-justa'

A possibilidade do governador Silval Barbosa (PMDB) vir a disputar vaga no Senado na eleição de 2014, segundo o jornalista Auro Ida, valoriza hoje o cargo de vice da chapa do peemedebista à reeleição, já que o vice ficaria ao menos os 10 meses restantes à frente do Palácio Paiaguás. No cargo, o sucessor temporário poderá concorrer a reeleição, assim como fez Silval, que assumiu a cadeira em abril deste ano com a saída de Blairo Maggi (PR). A hipótese, no entanto, tem preocupado o PP, que deverá definir o nome do vice até esta quarta-feira (30), último prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral.


Leia o artigo no íntegra:

Foice no escuro


A escolha do candidato a vice na chapa do governador Silval Barbosa (PMDB), candidato a reeleição, está deixando o PP numa saia-justa. É que existe, por assim dizer, uma disputa interna, especialmente pela possibilidade de, caso seja reeleito, Barbosa desincompatibilizar em 2014 para, a exemplo do ex-governador Blairo Maggi hoje, disputar o Senado da República. Dessa forma, quem for o vice, ganharia, na pior das hipóteses, 10 meses de governo, podendo ser candidato a reeleição como o atual mandatário mato-grossense.

O dito popular diz que um raio não cai no mesmo lugar duas vezes, mas na polí­tica do Estado o vice assumir o mandato está se tornando uma constante. Desde as eleições de 1982, quando as eleições diretas para governador foi novamente implantado, apenas os vices de Jaime Campos (Osvaldo Sobrinho) e dos primeiros mandatos de Dante de Oliveira (Márcio Lacerda) e Blairo Maggi (Iraci França) não herdaram o mandato.

Isso aconteceu com Wilmar Peres de Faria (vice de Júlio Campos), com Edison de Freitas (vice de Carlos Bezerra), com Rogério Salles (vice de Dante de Oliveira) e agora com Silval Barbosa (vice de Blairo Maggi).

A expectiva na classe polí­tica é de que o governador, caso seja reeleito, seja candidato ao menos ao Senado nas próximas eleições. Isso valoriza - e muito - a vaga de vice e, dai­, a disputa interna que se acirra dentro do PP, o único entre os quatro grandes da coligação que não ocupa um cargo majoritário. Hoje a tarde o partido tenta chegar em um nome de consenso.

Algumas das principais lideranças têm a preferência pelo empresário Jorge Maluf, tio do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). Ciente da importância do vice, o parlamentar tucano concordou, caso o seu tio  for escolhido, não disputar um novo mandato, embora seja o nome mais forte na aliança PSDB-DEM. Ele participaria da campanha como um dos coordenadores. "Se isso ac ontecer (pai ser vice), o Guilherme não será candidato", afirmou um assessor.

O entendimento é de que o perfil de Jorge Maluf encaixa melhor na chapa de Barbosa. Empresário de sucesso, ele daria o toque não polí­tico, assemelhando o modelo vitorioso que levou, em 2002 e 2006, Blairo Maggi ao Palácio Paiaguás. Só que, desta vez, a classe polí­tica seria cabeça de chapa e o setor empresarial ficaria com a vice.

Mas a concorrência dentro do PP é forte. O presidente regional, ex-deputado Chico Daltro, reivindica a vaga e vem trabalhando, desde que o acordo com Mauro Mendes (candidato ao governo da coligação Mato Grosso Muito Mais) não proposperou, para ser o indicado. Com currí­culo exemplar, ele tem contra si apenas o fato do partido temer que a sua saí­da da disputa pela Câmara Federal faça com que a legenda perda uma das três vagas que sonha conquistar.

"Sou contra a indicação do Chico, porque ai vamos eleger apenas dois federais", diz um dirigente progressista. A força de Chico Daltro dentro da legenda poderá, porém, favorecer a sua escolha. Outros nomes também sonham com a vaga de vice e nos últimos dias, se comentou também a possibilidade dos vereadores Everton Pop e Deucimar Silva (presidente da Câmara Municipal de Cuiabá), além do ex-deputado Walter Rabelo, ser o indicado pelos progressistas.

Diante dessa disputa interna, alguns dirigentes do PP já admitem apoiar um nome fora da legenda, mas desde que tenha respaldo dentro da legenda. "Tem que ter consenso dos quatro partidos", explicou um deputado progessista.
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