O governador Silval Barbosa (PMDB) negou que esteja “barrando” o envio de verbas estaduais para Várzea Grande como estratégia para desestabilizar a candidatura à reeleição de Tião da Zaeli (PSD), conforme a candidata a vice do peessedista, Nicinha dos Santos (PSB) se queixou ao
Olhar Direto.
'Boatos da desistência de Zaeli não passam de abuso e terrorismo'
“O município de Várzea Grande foi um dos que mais recebeu recursos do governo do Estado”, rebateu Barbosa. De acordo com o chefe do Executivo estadual, a cidade não têm recebido alguns recursos por estar inadimplente.
“Liberei 10 milhões para Várzea Grade, mas esse dinheiro não pode ser acessado porque o município está inadimplente”, declarou, antes de elencar os investimentos estaduais na cidade industrial.
“Nós lutamos para trazer a Universidade Federal para Várzea Grande, agora estamos duplicando e asfaltando uma avenida que dá acesso à universidade”, exemplificou. “Criamos um centro de treinamento na cidade, como posso estar perseguindo Várzea Grande, é um absurdo”, completou.
O peemedebista usou o exemplo da parceria realizada em Cuiabá para dizer que não faz perseguição política usando o Executivo. “É só olhar tudo o que fiz naquela cidade [Várzea Grande]. Em Cuiabá também, investimos R$ 40 milhões, metade do Estado e metade da Prefeitura”, argumentou. “Não faço política com rancor, porque eleição passa”, concluiu.
Reclamação de Nicinha
Segundo a professora Nicinha, o governo estaria praticando abuso de poder ao não repassar recursos para pavimentação urbana e para a saúde do município para beneficiar a candidatura peemedebista naquele município, encabeçada por Walace Guimarães.
“O governo não repassou os R$ 6 milhões para a Saúde de Várzea Grande, sendo R$ 3,5 milhões para o Pronto Socorro, isso já faz faltar medicamentos. Já tem 90 dias em atraso. O Tião liga para o governador e ele fala que vai fazer repasse e secretário estadual de saúde não cumpre”, reclamou a candidata em entrevista ao
Olhar Direto.
Ela informa que a prefeitura ingressou mandado de segurança para resolver o impasse administrativo que contamina o processo eleitoral.
“Tinha compromisso e promessa que o governo ia mandar R$ 10 milhões para tapa buraco e recapeamento. Para Cuiabá tinha R$ 20 milhões e ele mandou”, compara Nicinha sobre abuso de poder do governo em direcionar recursos.