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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Veja propostas para 100 primeiros dias dos candidatos melhor avaliados

Foto: Lucas Bólico

Veja propostas para 100 primeiros dias dos candidatos melhor avaliados
Pesquisa Access Brasil divulgada pelo Olhar Direto nesta semana revela no quadro estimulado que 22,37% dos eleitores de Cuiabá ainda estão indecisos. Para tentar ajudar o eleitor a tomar a sua decisão, o Olhar Direto revela as prioridades de cada candidato e o que eles pretendem fazer de emergencial para os primeiros cem dias de mandato


Confira abaixo o que Lúdio Cabral (PT), Mauro Mendes (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB) consideram prioridade para os primeiros cem dias à frente da Prefeitura de Cuiabá.



Lúdio Cabral 


“Primeiro vamos reorganizar o conceito de governo da cidade. Ocupar os cargos de comando a partir da qualificação técnica, do compromisso público, da sensibilidade humana, da capacidade de diálogo, que é o ponto de partida pro governo”, afirma o petista.

O segundo ponto, destaca Lúdio Cabral, é abrir uma agenda de diálogo com a sociedade civil nas estâncias de controle público. “Terceiro, vamos iniciar o mapeamento dos problemas da cidade e as assembleias, as rodas de orçamento participativo”, declara.

O quarto ponto destacado por Lúdio é a saúde. “Colocar o sistema de Saúde com portas de entrada abertas, para que a população seja atendida com mais agilidade, em um primeiro momento nestes primeiros 100 dias, na rede de pronto atendimento, tanto nas policlínicas quanto no Pronto-Socorro”, declara.

“Uma tarefa que nós vamos ter que dar conta para isso é, já no período de transição, abrir uma agenda de diálogo com os trabalhadores da saúde para recuperar a confiança deles no sistema, para recompor os postos de trabalho que hoje estão vagos. Temos que recompor os postos vagos e ampliar a capacidade de atendimento no serviço de pronto-atendimento nas unidades básicas, temos que compor os quadros que estão desfalcados”. 

Saneamento

“Vamos reassumir a gestão do saneamento, fazer auditoria no processo de privatização, encaminhar um projeto de lei à Câmara Municipal para aprovar a retomada, tudo isso com base em dispositivos do próprio contrato e da legislação de concessões”, promete. “Nós buscaremos a organização de um consórcio público com uma das grandes empresas estatais de saneamento, como a Sabesp e a Copasa, para buscar o know how técnico para, de forma acelerada, qualificar as condições da Sanecap”, completa.

Ainda na questão do saneamento, Lúdio promete buscar recursos junto ao governo federal e estadual para viabilizar a remunicipalização com qualidade no serviço. “Abrir uma agenda de diálogo com a presidente Dilma, o governador Silval, para buscar os recursos necessários para fazer o investimento no saneamento”.

“Nesses primeiros cem dias, vamos fazer o mapeamento dos problemas e planejamento das ações em todas as áreas e planejamento participativo. Em algumas áreas, vamos atacar emergencialmente, porque não dá para esperar, como o drama da saúde e da água”, conclui.





Mauro Mendes 

O empresário Mauro Mendes promete priorizar a saúde. “Primeira grande prioridade: vou garantir que tenhamos uma rápida equalização dos problemas da saúde, vamos fazer isso garantindo que todas as nossas unidades tenham médicos e remédios disponíveis à população. O grande problema da saúde de Cuiabá é a falta de médicos para atender às nossas unidades. Se nós garantirmos que as policlínicas tenham lá os três médicos por período, que no postinho médico o médico atenda por quatro horas pelas quais eles são contratados e que nos PSFs os médicos cumpram seus horários, certamente nós vamos minimizar muito a pressão do atendimento da rede pública municipal”, opina.

“Vamos garantir também uma atuação mais efetiva para minimizar a fila para exames e cirurgias através de uma rede de serviços que poderão ser contratados junto aos hospitais particulares ou até mesmo conveniados. O atendimento à saúde é prioritário”, afirma

Mauro reforça ainda sua promessa de construir um novo hospital pronto-socorro, mas lembra que essa não será uma medida a curto prazo. “A construção do Pronto-Socorro é uma prioridade, mas é um projeto que não se consegue fazer em um curto espaço, você tem que primeiro fazer um bom projeto, fazer a licitação desta obra, destinar os recursos e construir a obra. No mínimo, deverá ficar pronto no final do segundo ano do nosso mandato”, afirma.

Trânsito

“A mobilidade urbana é o grande problema das cidades brasileiras que deverá ser enfrentado, sob o risco de inviabilizar a qualidade de vida dentro da cidade. Em Cuiabá não é diferente, nossa cidade tem hoje 380 mil veículos, 80 mil motos, em torno de 300 mil carros. Por mês, entra em torno de três mil, ou seja, daqui a quatro anos nós teremos aproximadamente mais 100 mil veículos ai rodando pelas ruas de Cuiabá”, contextualiza.

“Precisamos rapidamente mudar isso, que passa necessariamente por transporte público de qualidade, mas por si só [isso] não vai resolver, porque o sonho de consumo das pessoas é ter carro, ter uma moto, e por mais que você tenha um transporte público eficiente – e isso é necessário – não vai tirar das pessoas o sonho de ter um caro. Portanto, se nós queremos realmente resolver o problema da mobilidade é preciso planejar novas vias com alternativas para ‘desestrangular’ o fluxo de veículos, criar novas interligações entre os principais bairros, tipo Coxipó com CPA, região do Distrito com a região do CPA etc, criando novas alternativas que terão a capacidade de minimizar o efeito deste grande número de veículos na região central de Cuiabá”, declara.



Guilherme Maluf

Terceiro colocado na disputa, o deputado federal Guilherme Maluf (PSDB) afirma que fará um estudo sobre as contas da prefeitura. “Antes de sair atropelando qualquer ação, você tem que fazer um diagnóstico para saber como está a área de gestão e de finanças da prefeitura. Seguramente tem distorções entre o que nos foi apresentado e a real situação, isso ai é seguro”, opina.

“Então, tendo assim o diagnóstico da área de gestão e da área financeira, eu faria após o período da transição uma reforma administrativa, não só na questão de cortar ou de adequar, mas na questão de tentar desburocratizar, tornar as ações mais eficientes, ajustar tanto a questão da entrada dos recursos quanto a saída”, promete.

Saúde

“Sem dúvida atuar na saúde de forma emergencial, mas não abrir as portas do pronto-socorro como já vi alguns candidatos falando. Acho que quem abrir o pronto-socorro não tendo uma retaguarda vai estourar o sistema de emergência da cidade. Demonstra total falta de experiência de quem fala isso. Nós temos que criar e urgentemente contratar leitos de retaguarda. Tem um hospital pronto aqui em Cuiabá, que é o Hospital Central, que o Estado está alugando, então, emergencialmente eu ia solicitar para que esses leitos fossem abertos ao sistema público de saúde em Cuiabá. Isso de imediato”, afirma.

“E, além disso, faria contrato emergencial com todos os hospitais que tivessem leitos em Cuiabá, por exemplo, a Santa Casa tem leito ocioso, vamos fazer contrato emergencial, Santa Helena, Hospital do Câncer. O déficit de leitos em Cuiabá está em aproximadamente 800 leitos. É o calculo que o sindicato dos médicos tem”, afirma.

“Com novos leitos, você desafoga o pronto-socorro, as unidades de pronto atendimento, porque as UPAs não vão estar prontas, então emergencialmente o que você pode fazer é isso, parceria com os hospitais, assumir esse hospital, e aí vamos trabalhar, essa é uma medida de curto prazo. E as medidas de médio prazo, melhorar as UPAs e a atenção básica”, promete.

“Tenho um bom relacionamento com toda a rede hospitalar, seja privada, seja pública. Eu proporia um sistema de mutirão para rapidamente acabar com as filas, propondo até um sistema que o Wilson Santos propôs. Ele não fez a bolsa universitária com instituições que tinham receitas a recolher da prefeitura? Nós podemos pegar os hospitais que têm isso e fazer um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público par acabar com as filas de Cuiabá”, finaliza.

Trânsito

“Primeira coisa, vamos licitar o sistema de transporte coletivo de Cuiabá, está tudo vencido, elas [empresas que prestam serviços] não têm comprometimento com a nossa cidade, não zelam, não cuidam dos pontos de ônibus, a nossa passagem é cara, eu não tenho a menor dúvida de que rapidamente eu licitaria o transporte coletivo de Cuiabá”, diz.

“Segunda coisa, campanhas educativas: não temos como expandir a nossa área viária em curto espaço de tempo, mas podemos educar, temos como estimular aí, por exemplo, o compartilhamento de carros particulares, a famosa carona, para diminuir o número de carros nas ruas”, opina.

E, para finalizar, Maluf promete fiscalizar efetivamente o transporte coletivo. “O contrato reza que tem que ter tantos carros, vamos checar se está acontecendo isso, checar se as rotas estão sendo cumpridas, checar se os bairros estão sendo atendidos”, finaliza.



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