Dez anos após encerrar sua trajetória política, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, refutou a pecha de “maior ficha suja do Brasil”, como ficou conhecido em 2002, após ser alvo da Operação Arca de Noé, da Polícia Federal, que desencadeou numa centena de processos. O ex-deputado garantiu que outros políticos superaram o número de ações em que são réus.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O EX-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, JOSÉ RIVA:



As declarações foram dadas aos jornalistas Airton Marques e Arthur Santos da Silva, durante o PodOlhar, já disponível no Youtube.

Ao avaliar sua trajetória política, iniciada aos 22 anos, quando venceu a disputa pela Prefeitura de Juara (709 Km de Cuiabá), disse que deixará um legado de boas ações, não sendo lembrado apenas como um político que fez um acordo de delação premiada e confessou crimes com dinheiro público.

Ainda na entrevista, Riva reforçou que mesmo sem cargo eletivo continua sendo muito procurado por eleitores e aliados, que veem nele uma espécie de "guru".

“Mesmo que eu vou estar elegível em um determinado momento, e isso não demora muito, mas eu já tomei uma decisão. Não quero ser candidato. Acho que eu não tenho mais o que acrescentar. E se eu voltar para a Assembleia, acho que eu tenho pouco a acrescentar. Eu acho que eu tenho mais a acrescentar para a minha família, eu tenho mais a acrescentar para os meus netos, que eu tenho oito já. Espero chegar a dez. E acho que eu posso contribuir de outra forma.  Vocês não tem ideia do tanto que eu perco de telefone, ligando para médico, ligando para não sei quem, brigando com turma para internar a gente, para ajudar, para levar”, pontuou.