O advogado Pedro Paulo, que deve disputar o comando da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) pelo grupo de oposição, fez críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à OAB Nacional em uma recente entrevista ao PodOlhar, disponível no YouTube.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O ADVOGADO PEDRO PAULO PEIXOTO:


Na entrevista, Pedro Paulo questionou a atuação do STF, especialmente no contexto dos julgamentos relacionados aos eventos do 8 de janeiro. Segundo ele, houve um desrespeito significativo às prerrogativas dos advogados durante esses julgamentos. O advogado destacou que vários profissionais do direito relataram erros processuais e limitações na defesa de seus clientes, apontando a falta de acesso adequado aos autos e restrições de comunicação entre advogados e réus.

Pedro Paulo também criticou a OAB Nacional por sua aparente inação diante da situação. Ele afirmou que a entidade, em vez de proteger as prerrogativas dos advogados, demonstrou uma postura de submissão ao STF. "Quando foi necessário, a OAB quedou-se inerte. A OAB precisava se manifestar naquele momento", disse ele.
Em um trecho da entrevista, Pedro Paulo comentou sobre a necessidade de uma atuação mais firme da OAB: "Eu não digo que deve existir um enfrentamento de eles lá, nós aqui. Mas tem que ter uma urbanidade, um respeito, cada um no seu ambiente, sem precisar ficar submisso." Ele enfatizou que a OAB deveria ter sido mais proativa e séria ao lidar com as questões que envolvem a defesa dos advogados e seus clientes.

O advogado criticou especificamente a nota divulgada pelo Conselho Federal da OAB, que parabenizou o STF pela condução dos trabalhos, considerando-a uma demonstração de submissão à Suprema Corte. "A OAB, o Conselho Federal, publicou uma nota parabenizando o Supremo Tribunal Federal pela condução dos trabalhos. Ou seja, demonstrando uma certa submissão ao Supremo Tribunal Federal", afirmou Pedro Paulo.

Para Pedro Paulo, a atuação da OAB deve focar na proteção das prerrogativas dos advogados e garantir que tenham o acesso e as ferramentas necessárias para uma defesa eficaz de seus clientes. Ele concluiu: "Todo e qualquer cidadão, independentemente do que ele faça, tem direito de defesa. É direito constitucionalmente previsto. Quem exerce esse direito pelo cliente é o advogado".