A presidente da OAB de Sinop, Xênia Guerra, que deverá disputar a presidência da OAB-MT em novembro contra a atual presidente, Gisela Cardoso, e o advogado de oposição, Pedro Paulo, afirmou durante uma entrevista ao PodOlhar que não vê como demérito ter o apoio de ex-presidentes da entidade, como Leonardo Campos e Francisco Faiad. Ambos integram o grupo que tem comandado a OAB-MT nas últimas décadas.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM A PRESIDENTE DA OAB SINOP, XÊNIA GUERRA:



Aos jornalistas Airton Marques e Arthur Santos da Silva, Xênia destacou que, apesar dos apoios recebidos de figuras históricas da OAB-MT, seu projeto é novo e inovador, especialmente por trazer uma composição que inclui paridade de gênero, cotas para negros e pardos, e uma presidente do interior. Ela argumentou que esse projeto, com 50% de novidade em sua composição, é inédito na história da Ordem dos Advogados do Brasil.

Sobre o apoio de Campos e Faiad, Xênia afirmou que são pessoas com uma longa trajetória de dedicação à Ordem, mas ressaltou que a importância de seu projeto não pode ser reduzida ao apoio de apenas duas figuras. Ela também minimizou a relevância dos motivos pelos quais Leonardo Campos e Francisco Faiad deixaram o grupo de Gisela Cardoso, considerando irrelevante para a advocacia entender as razões pessoais por trás dessas mudanças de apoio.

Xênia também comentou sobre o surgimento de uma terceira via, afirmando que esse movimento reflete novos descontentamentos e propostas diferentes, mas que é um erro reduzir essa movimentação a um conflito entre Leonardo e Gisela.

Ela enfatizou que a discussão central deve ser sobre a forma de condução e os projetos que beneficiarão a advocacia, e não sobre as questões internas ou "picuinhas" entre lideranças. Xênia concluiu que a trajetória de seu projeto demonstrará que ele é muito mais do que um reflexo de disputas internas, destacando o apoio de 19 presidentes de subseções, que representam diversas cidades do estado.