O secretário de Estado de Administração, Geraldo de Vitto Júnior, membro da executiva estadual do PR, foi colocado ‘contra a parede’ em reunião do partido nesta segunda-feira (3), mas, apesar da pressão por conta das denúncias de superfaturamento na aquisição de maquinários, afirmou que não tem intenção de entregar o cargo.

Questionado pelos colegas de partido sobre a crise da Sinfra (como foi intitulado o escândalo pelo presidente estadual do PR, Wellington Fagundes), De Vitto informou estar tranqüilo, isentou-se de qualquer responsabilidade e declarou que a Secretaria de Estado de Administração (SAD) somente homologou o processo licitatório, sendo todos os procedimentos encaminhados pela Sinfra.

A declaração contradiz a versão do ex-secretário de Infraestrutura, Vilceu Marcheti, também filiado ao PR, segundo o qual a Sinfra foi responsável apenas pela pesquisa de preços encaminhada à SAD, responsável por realizar o pregão ocorrido na sede da secretaria.

Existe uma contradição clara no fato. O decreto 2.015, de 24 de junho de 2009, que altera dipositivos dos decretos 7.217/2006, do 8.188/2006 e do 614;2003, assinado pelo ex-governador Blairo Maggi, pelo ex-secretário da Casa Civil, Eumar Novacki, e por De Vitto, isenta a Secretaria de Administração de responsabilidade na modalidade do pregão feito para aquisição dos mais de 700 maquinários, que estariam superfaturados.

Apesar de toda a pressão para que De Vitto deixe o cargo, o presidente do PR informou que o partido não pretende exigir o afastamento do secretário. Além disso, Wellington Fagundes afirmou que Marchetti entregou o cargo por decisão própria, sem comunicar ao partido.

Fagundes, foi cauteleso ao falar sobre o assunto, e afirmou que prefere esperar as investigações para punir os responsáveis, porém adiantou que o partido não irá compactuar com irregularidades. "Tudo que for errado o partido condena", enfatizou.

Atualizada às 15h42