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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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GREVE NA EDUCAÇÃO

Prefeito nega ameaças e busca apoio para encerrar greve

O prefeito de Cláudia (580 km de Cuiabá), Vilmar Giachini (PMDB), disse hoje, em entrevista ao Olhar Direto, que não há qualquer tipo de coação aos professores da rede municipal que estão em greve há 56 dias, conforme divulgou esta manhã, em nota, representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso (Sintep). “Isso não procede, nunca fizemos coação a nenhum grevista. È desespero por parte de alguns grevistas, que não aceitam decisão da justiça que a greve é ilegal”.


O presidente estadual do Sintep, Gilmar Soares, solicitou ao secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, proteção policial ao dirigente do Sintep no município, Édson Sauthier, e para o diretor do pólo regional da entidade, vereador Antônio Cândido, alegando que ambos estavam sofrendo ameaças devido à greve. Eles afirmam que pessoas ligadas ao prefeito teriam feito ameaças aos professores, que estão acampados há quase dois meses em frente à prefeitura.

Vilmar esteve na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) nesta terça-feira e também conversou com o deputado estadual Ságuas Moraes (PT), ex-secretário de Educação. O prefeito busca apoio para tentar contornar a greve. “Estou buscando alternativas para poder solucionar esse problema, mas preciso da ajuda do Estado. Hoje, a prefeitura custeia 60% da educação e precisamos inverter isso, com 60% para o governo e 40% para o município. Caso recebe apoio da Seduc vou determinar um estudo para malhorar os salários dos professores”.

A greve é por que o Sintep cobra a implantação do piso salarial nacional, ano base 2009, de R$ 1.132. O piso é para professores que trabalham 40 horas semanais. O prefeito considera que o Estatuto do Magistério de Cláudia prevê que os profissionais da educação devem trabalhar jornada de 30 horas semanais e, a prefeitura, para cumprir o que determina a Lei, respeitando a proporcionalidade das horas trabalhadas, adequou o piso da categoria, concedendo aumento de 8,26% entre os meses de setembro de 2009 e janeiro de 2010.

“Este aumento foi dado para todos os profissionais da educação, inclusive para as merendeiras, os vigias, as zeladoras, e não apenas para os professores. Por isso, a prefeitura entende que a categoria está recebendo um valor maior do que o piso salarial fixado pela lei federal, não havendo motivo para a continuação da greve”, aduz o prefeito.

Na semana passada, a juíza Giovana Pasqual determinou o fim da greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil ao Sintep, baseada em decisão anterior, de que os professores deveriam retornar às salas de aula. Com essa liminar na mão, o prefeito de Cláudia determinou o não pagamento dos salários dos professores grevistas e poderá contratar temporários. “Quem não trabalhou em abril, não recebeu, os salários estão retidos. Caso os professores não encerrem a greve, a prefeitura poderá contratar professores temporários para dar aulas”.
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