Ao invés de atrás das grades em algum presídio do Estado, os advogados presos pela Polícia Federal, na Operação Asafe, vão ficar em uma sala, com banheiro, camas beliches e ar-condicionado, nas dependências do 3º Batalhão da Polícia Militar, localizado no CPA IV. Em entrevista coletiva, concedida na tarde desta quarta-feira (19), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado esclareceu que essa é uma prerrogativa da categoria e não um privilégio.
“Não cabe aqui a nós discutirmos a lei, e a lei determina que o advogado na condição preso provisório tem a prerrogativa de ser encaminhado a uma prisão em sala de Estado-Maior”, explicou. Diógenes também disse já ter convidado representantes da Ordem dos Advogados do Brasil para fazer uma visita e verificar a instalações onde os advogados devem ser mantidos presos.
Ao todo são cinco advogados presos na operação e um foragido. Na lista dos presos na está a advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado Tadeu Cury, o seu sócio e advogado Alessandro Jacarandá, o advogado Jarbas Nascimento, ex-chefe de gabinete do magistrado, Rodrigo Vieira e Alcenor Alves de Souza (ex-prefeito de Alto Paraguai). Eles são acusados por práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Uma sala de Estado-Maior consiste em um local dentro de uma unidade militar, onde o Chefe de Estado-Maior possa despachar.