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Terça-feira, 01 de outubro de 2024

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TRIBUNA DO PÓ

Vereadores arquivam a cassação contra parlamentar

Os vereadores de Colíder (650 km de Cuiabá) arquivaram o pedido de cassação do mandato da vereadora Regiane Rodrigues de Freitas (ex-PRP), que está presa desde 15 de outubro de 2009 sob acusação de liderar o tráfico de drogas na cidade.


Em uma sessão que começou ontem, às 20h30, e terminou hoje, às 7h30, os vereadores resolveram, por unanimidade, arquivar o processo por ter decorrido o prazo legal de 90 dias para conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI).

Mais de 200 pessoas estavam na câmara para acompanhar a votação, já que o assunto gerou expectativas na sociedade colidense. Porém, a sessão começou a demorar e as pessoas foram indo embora aos poucos, principalmente quando o vereador Luiz Donizete Rocha (PMDB) pediu para ser lido todo o processo, que tem mais de 150 páginas.

O arquivamento não livra a vereadora da cassação, pois hoje está sendo aberto novo pedido de perda de mandato, com prazo de outros 90 dias. Com isso, a parlamentar continuará afastada do cargo e o suplente Luis Paglioco, o “Luis do Bolichão” (PRP), que foi empossado em abril, ficará no cargo por tempo indeterminado.

O relator do pedido de cassação, vereador Admar Mânica (PSDB), disse que a câmara vai aguardar o julgamento de Regiane na Justiça. “Não podemos cometer uma injustiça e vamos esperar a definição do caso, para somente depois votarmos pela cassação ou não do mandato dela”.

A acusação:

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Colíder, Sérgio Ribeiro Araújo, por seis meses, em 2009, foi investigada uma quadrilha de traficantes na cidade, inclusive com gravações telefônicas autorizadas pela Justiça. O delegado afirma que Regiane era comandante da quadrilha, fornecendo veículo ou passagens de ônibus para que fossem buscar drogas em Sorriso e revender em Colíder.

Aduz ainda o delegado que a vereadora também guardava o entorpecente em casa, depois repassando para outro traficante, que por sua vez entregava para “varejistas”, responsáveis pela venda aos usuários e o abastecimento de pontos de distribuição.

Em depoimento na câmara e no Fórum da Comarca, Regiane assumiu que era usuária de drogas, mas nunca havia traficado. Ela já tentou quatro habeas corpus para sair da cadeia, mas todos foram negados pela justiça local e no Tribunal de Justiça.
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