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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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OPERAÇÃO ASAFE

Stábile manteve encontros com genro de Célia Cury, diz PF

O desembargador Evandro Stábile, que pediu afastamento da Presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na noite de ontem, parece ter uma relação próxima da advogada Célia Cury, esposa do desembargador José Tadeu Cury. No inquérito da Operação Asafe, presidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Stábile marca encontro com o genro da advogada, Claudio Manoel Camargo Junior, fato que confirma a promixidade dos investigados pela Polícia Federal por suposto envolvimento no esquema de venda de sentença no Poder Judiciário de Mato Grosso.


Conforme a Polícia Federal, Célia Cury liga para Stábile e pede para que o magistrado atenda o genro. A conversa ocorreu no dia 12 de julho de 2009. No mesmo dia, o desembargador marca um encontro na casa dele com Cláudio. Depois, por volta das 19h30, ambos voltaram a se encontrar em local determinado pelo genro da advogada.

Stábile também citado como suspeito no processo referente à cassação do prefeito de Barão de Melgaço, Marcelo Ribeiro (PP). Isso porque, o magistrado teve papel fundamental na votação que resultou no retorno do progressista para o cargo, após ser cassado por compra de votos.

De acordo com as investigações da PF, a lobista Ivone Reis conversa com uma suposta assessora da advogada Maria Abadia, que na época pertencia ao pleno do TRE-MT, que estaria intermediando a compra de uma decisão favorável a Marcelo Ribeiro. A juíza havia pedido vista do processo, após o relator votar contrário ao recurso do prefeito. Na semana seguinte, a advogada contraria o voto, é seguida por outros dois magistrados e votação empata. Stábile, como presidente, acaba acatando o recurso.

No início da investigação, o desembargador também é citado em interceptações telefônicas entre o advogado Max Weyzer e uma mulher identificada como Enilda, nas quais, comentam sobre o interesse do magistrado em conseguir dinheiro “extra”.

Para amenizar a crise que foi instaurada no TRE, em função das denúncias, Stábile optou por tirar férias e viajar, porém na sessão plenária dessa terça-feira, o desembargador e o juiz Eduardo Jacob, que também está sendo investigado, pediram afastamento dos cargos até a conclusão do inquérito do STJ.

Stábile também deve ir a Brasília no dia 10 para prestar depoimento à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi, que preside o inquérito.
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