A crise mundial não deve afetar um dos itens da cadeira de produção do pecuarista mato-grossense, que são os produtos veterinários. Segundo levantamento do IMEA - Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola, os produtos veterinários no mês de dezembro de 2008 e a primeira quinzena de janeiro deste ano, tiveram uma variação média de preços pequena, assim como o preço da arroba, não chegando a 2%. Alguns antibióticos tiveram redução de até 2,45% e antiinflamatórios 5,85%. 

A vacina contra a febre aftosa teve um aumento de preço, entre dezembro e janeiro, de 1,27% e a vacinar contra raiva chegou a de 12% de reajuste.

Segundo alguns revendedores de produtos veterinários pesquisados, as variações nos preços, que geralmente ocorrem em janeiro, principalmente na segunda quinzena, "não terão espaço neste momento para acontecer, este não é o momento", frisou o veterinário e supervisor de vendas de produtos de nutrição e saúde animal, Júlio Capilé. 

Ele disse ainda que "pode ser que os medicamentos sejam reajustados, mas não existe este indicativo". Capilé ressaltou que não só para os medicamentos, mas para os demais produtos do setor. "O sal mineral, por exemplo, subiu no ano passado 120% e este ano a redução com relação a 2008 deve ser de 30 a 40 por cento. Nos três últimos meses a queda foi de 14%".


Para o superintendente da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso, Luciano Vacari, o pecuarista deve prestar muita atenção no seu custo de produção. "O pecuarista deve fazer um bom planejamento e ficar com suas contas em dia para não sofrer com o problema de falta de crédito. Este é um momento de cautela e controle no custo de produção e os produtos veterinários são itens importantes". 

Vacari alerta ainda, para que as empresas do setor pecuário "sejam parceiras dos produtores, pois o desempenho da produção reflete diretamente nas vendas dos produtos".