Uma ativista, com as mãos pintadas de negro, cor do petróleo, interrompeu nesta quinta-feira (17) a sabatina a que está sendo submetido o presidente executivo da BP, Tony Hayward, no Congresso americano, aos gritos de que deve ir "para a prisão" por sua responsabilidade na mancha de óleo que se espalha no Golfo do México.
Hayward havia apenas começado a audiência quando a mulher entrou na sala.
"O senhor precisa ser acusado de crime", lançou contra o presidente do grupo britânico.
A militante da organização pacifista Codepink, foi retirada da sala pela polícia.
Ativista manchada de óleo é retirada de sala por policial nesta quinta-feira (17) no Capitólio, em Washington. (Foto: AP)saiba mais
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A audiência acontece um dia depois de a empresa ter concordado em criar um fundo de US$ 20 bilhões de indenização para as vítimas do vazamento de petróleo no Golfo do México.
A empresa anunciou, também, que suspenderia o pagamento de dividendos aos acionistas, para economizar dinheiro dirigido ao fundo.
Na quarta-feira, a BP anunciou que um outro sistema de contenção de petróleo derramado foi lançado no Golfo do México, desenhado para trazer o óleo e o gás para serem queimados na superfície.
Num texto que lerá diante dos parlamentares, o presidente da BP dirá que "entendo que as pessoas querem uma resposta simples sobre por que isso ocorreu e quem é responsável. A verdade, no entanto, é que este é um acidente complexo, causado por uma combinação de falhas sem precedentes.
Analistas afirmam acreditar que as finanças da empresa sejam satisfatórias para resistir às despesas com o vazamento