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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Navio gigante retoma limpeza do óleo no Golfo do México

Um gigantesco navio de Taiwan retomava neste sábado as tarefas de limpeza do petróleo derramado no Golfo do México, depois que o furacão Alex interrompeu os esforços de contenção de uma das catástrofes ecológicas mais graves dos últimos tempos. As fortes marés e ventos provocados pela passagem do furacão Alex atrasaram os esforços de limpeza, empurrando mais petróleo para o interior e espalhando óleo da Louisiana para a Flórida.


"A tarefa de limpeza será longa e árdua durante os próximos dias", disse o contra-almirante Paul Zukunft. "Estou especialmente preocupado com a fauna local." O poço continua vazando entre 30 mil e 60 mil barris por dia desde que a plataforma operada pela British Petroleum (BP) afundou no último dia 22 de abril.

Um sistema de contenção conseguiu recolher em torno de 557 mil barris de petróleo, mas as fortes marés atrasaram a instalação de um terceiro dispositivo, o Hélix, para aumentar a capacidade de limpeza de 25 mil a 53 mil barris por dia. Estima-se que entre 1,6 a 3,6 milhões de barris de petróleo vazaram no Golfo do México desde o acidente.

De acordo com estas cifras, este desastre é de maior magnitude que o derramamento de Ixtoc de 1979 que derramou em torno de 3,3 milhões de barris no Golfo do México. O único antecedente mais grave é o vazamento intencional de petróleo pelas tropas iraquianas no Kuwait durante a Guerra do Golfo em 1991 que derramou de seis a oito milhões de barris de petróleo.

O navio chamado "Ballena", uma embarcação tipo cisterna de propriedade da empresa de Taiwan TMT Group, que retomava as tarefas de limpeza neste sábado, tem em torno de 275 m de largura e pode recuperar até 500 mil barris por dia. "Absorve o petróleo e a água empetrolada e depois filtra o petróleo e expele a água", disse o porta-voz da BP Toby Odone.

Outro navio, o "Hélix producer", começará as tarefas de contenção na quarta-feira. Funcionários afirmaram que graças a este navio terão uma melhor estimativa do fluxo atual de petróleo, "apenas pelo aspecto do petróleo que sai pelo tampão", disse o almirante Thad Allen, presidente da BP, a petroleira britânica responsável pelo acidente. Posteriormente, terão de decidir se o sistema existente de limpeza deve permanecer ou se deverão substituí-lo por outro sistema capaz de recolher 80 mil barris de petróleo por dia.

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