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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Parreira compara 2006 a 2010 e critica descontrole da seleção do Dunga

Há quatro anos, Carlos Alberto Parreira, à época no comando da seleção brasileira, sentia na pele a frustração e a cobrança pela eliminação na Copa da Alemanha. Uma das principais críticas seria o estilo liberal e à falta de pulso com medalhões como Ronaldo e Roberto Carlos. Por conta disso, Dunga assumiu o cargo para colocar rédeas curtas e implementar uma filosofia totalmente diferente de trabalho. No entanto, hoje, o capitão do tetra deixou o Mundial de 2010 exatamente da mesma forma que Parreira em 2006: despachado nas quartas de final.


Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM (assista no vídeo ao lado a íntegra do bate-papo), o tetracampeão relembrou outras similaridades entre as duas campanhas (de 2006 e 2010) e ressaltou que não existe receita para conquistar uma Copa do Mundo.

- Eu acho que esses dois parâmetros são muito claros. Os resultados foram iguais. Comigo, conquistamos a Copa América, ganhamos a Copa das Confederações na Alemanha, vencendo os anfitriões e a Argentina na final. Ficamos em primeiro nas eliminatórias e acabamos eliminados (na Copa). A mesma coisa ocorreu agora. Não existe uma fórmula pronta. Cada país tem seu jeito de treinar, sua filosofia. O importante é você ter resultado e sucesso – salientou Parreira.

O treinador da África do Sul na Copa também eximiu Dunga de qualquer culpa, mas disse não entender como a equipe perdeu a calma no fatídico duelo contra Holanda que decretou o adeus do Brasil à Copa.

- Lamento é que o Brasil vinha com uma boa trajetória. Um saldo muito favorável de vitórias. O time vinha jogando bem e fez um primeiro tempo excelente. Poderia ter definido o jogo. O que não entendi foi como o time entrou em pânico depois que a Holanda empatou. Como uma equipe experiente como a nossa perdeu a cabeça desse jeito e não se encontrou mais na partida. Não vou falar de longe, pois vi o jogo da televisão. Mas a gente percebeu que o time se descontrolou de uma maneira inexplicável para o padrão que tem – observou.

Parreira quer técnico experiente em 2014

Segundo Parreira, o sonho do hexa ter ruído na África vai causar mais pressão para a seleção na Copa de 2014. Afinal, o torneio será disputado no Brasil. Por conta disso, Parreira disse quais critérios deverão ser tomados na hora de escolher o substituto de Dunga.

- Tem que ser um técnico independente, muito experiente, sujeito a chuvas e trovoadas (risos). Ele também deve ter convicções bem definidas, pois não vai faltar conselho de palpiteiros. A pressão vai ser muito mais forte do que agora, pois ganhar uma Copa fora é muito mais fácil do que ganhar em casa – disse Parreira.

Com contrato por encerrar na África do Sul, Parreira desmentiu a possibilidade de assumir qualquer clube brasileiro ainda nesta temporada (Cruzeiro e Palmeiras teriam feitos propostas).

- Recebi algumas propostas de clubes brasileiros de ponta e de três seleções, não da Europa, mas já para começar um trabalho a partir do final do ano. Mas estou praticamente decidido a não sair mais do Brasil. Vou dar um tempo até dezembro e ficar com a família – contou.

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