A ingerência da CBF na Seleção Brasileira será a maior de todos os tempos.
O novo treinador terá de aceitar tudo o que pensa Ricardo Teixeira ou não irá comandar o Brasil.
Isso ficou claro nas entrevistas que deu para a Sportv, nesta segunda-feira.
Ele não sugere a contratação de uma psicóloga, sim no feminino!
Ricardo não fala sobre uma profunda renovação.
Ele deixa claro estar mandando.
Quem for o escolhido terá de se submeter ao que ele quer e ponto final!
O dirigente abre até mão de resultados, por exemplo na Copa América do ano que vem na Argentina.
Ele quer é jogadores novos vestindo a camisa verde e amarela.
Cansou dos veteranos.
Vamos voltar aos candidatos.
Quem se submeteria a cumprir todas as ordens de Teixeira sem o questionar?
E quem não aceitaria?
Se ele não sofreu uma lobotomia, Felipão está fora da lista.
Nos clubes e na seleções onde trabalhou, ele nunca gostou de sugestão dos dirigentes até em relação à cor do uniforme.
Quanto mais ter de convocar 90% de jogadores abaixo de 23 anos, como Ricardo ordena.
A única coincidência é o fato de trabalhar com Regina Brandão, psicóloga.
E ponto final.
Agora, Mano Menezes.
Ricardo Teixeira não tem a menor proximidade com ele.
É um total estranho.
Não tem resultados significativos no Exterior.
Foi recomendado por Andrés Sanchez.
Mas não anima a possibilidade dele trabalhar politicamente em favor do dirigente corintiano na CBF.
Andrés quer suceder Teixeira e Mano Menezes, além de funcionário fiel, se tornou amigo do presidente corintiano.
A relação fria que os dois mantinham se transformou em proximidade até com o fracasso da Libertadores do centenário.
E Mano não se mostra assim tão afável.
O poliglota Ricardo Gomes tem a marca do péssimo trabalho que fez com a Seleção Pré-Olímpica em 2004.
Ele permitiu um clima de baderna nunca visto.
Robinho fez as palhaçadas que quis.
E o time não conseguiu se classificar para a Olimpíada de Atenas, um enorme vexame.
Seu contrato com o São Paulo já acabou.
Está trabalhando nas semifinais da Libertadores contra o Internacional, bastaria chamá-lo.
Mas o nome mais forte diante das afirmações de Teixeira passa a ser Leonardo.
Primeiro foi dirigente do Milan.
Sabe aceitar ordens como subalterno.
Depois foi treinador do time, quando Berlusconi resolveu parar de injetar dinheiro.
Pegou uma equipe jovem e conseguiu fazer uma campanha digna.
Acabou demitido no meio do caminho porque a torcida e Berlusconi se iludiram com o título italiano.
Não foi o combinado.
O acertado foi a ren0vação do elenco.
E ainda conseguiu recuperar Ronaldinho Gaúcho.
Inteligente, elegante, bom no trato com a imprensa e disposto a aceitar ordens.
O quadro está pronto para Leonardo.
Ele está leve, livre e solto.
Basta o convite.
Teixeira sabe disso.
Estimula a ideia de pleno domínio no treinador, depois do furacão Dunga, a quem demitiu por telefone.
E mais, há quatro anos até a Copa no Brasil.
Sem Eliminatórias.
Se Leonardo fracassar nos primeiros dois, por exemplo, há como chamar alguém mais experiente, vencedor.
Dois anos é o tempo de contrato de Felipão com o Palmeiras.
Teixeira já disse que deseja um técnico dedicado apenas à Seleção.
A possibilidade de Scolari trabalhar no clube e no selecionado não existe.
Felipão ainda não assinou seu contrato, mas deu sua palavra ao presidente Belluzzo.
Uma maneira de conciliar a palavra e a Seleção seria trabalhar nos dois, mas o presidente da CBF já jurou que isso não vai acontecer.
Teixeira empurrou todo o quadro para Leonardo.
Se ele não estava mentindo nas entrevistas que deu à Sportv, o Brasil já tem técnico.
Tem 40 anos.
Foi ídolo no Flamengo, no São Paulo.
Dá palestras sobre gestão no esporte.
Tem uma fundação social com Raí.
Conhece muito bem o ambiente da Seleção, ganhou a Copa de 1994 e foi vice em 1998.
Fala inglês, italiano, espanhol, um pouco de japonês e português.
Atende pelo nome de Leonardo
Para os amigos, Léo.
E está pronto para aceitar todas as ordens de Ricardo Teixeira...