Juína, localizada na região Norte do Estado, está sitiada há seis meses. A denúncia é de proprietários rurais do município que reclamam dos prejuízos decorrentes de ações promovidas pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança desencadeadas pela Operação Arco de Fogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
O pecuarista Hermes Bergamin integra o rol dos descontentes e afirma estar há mais de um ano impedido de comercializar gado em seu nome por causa de embargos promovidos pelo Ibama, que considera irregular a atividade econômica no município.
"De um lado da cidade existem cerca de 50 homens da Polícia Federal e na outra ponta tem 50 da Força Nacional de Segurança. Todo o comércio do nosso município está prejudicado", revelou.
Segundo ele, a população de Juína tem diminuído a cada ano. Eram 40 mil há dezesseis anos e hoje são 36 mil. O fenômeno é resultado da redução gradativa da atividade econômica na região.
“Mais de 70% da indústria madeireira fechou as portas. Todos os pecuarista estão na irregularidade por que estão na lista suja do Ibama. O município está definhando”, protesta.
A atividade mineradora também está embargada em Juína. O município já foi o maior produtor nacionalde diamante industrial. “Mais de 80% do diamante era extraído em Juína. O município está sobre um verdadeiro depósito de diamante e não pode explorar esta riqueza”, acrescenta.
Bergamin integrou a caravana mato-grossense que acompanhou em Brasília a aprovação do Código Florestal na Comissão Especial e comemorou a decisão dos deputados de atualizar a legislação ambiental.