Dos 4,8 mil presos do Estado, 630 estão aptos a votar na eleição de 3 de outubro deste ano. De acordo com o secretário de Tecnologia e Informação do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Ailton Lopes dos Santos Júnior, a maioria não irá votar pelo fato de não ter regularizado o título eleitoral e outros por estarem cumprindo penas temporárias.

A votação nas penitenciárias ocorrerá dentro da própria unidade de prisão. As urnas serão levadas até as 55 unidades de detenção. O trabalho é realizado em conjunto com a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O coordenador avalia que não há muita dificuldade em fazer com que os detentos exerçam o direito de cidadão e votem, exceto na questão da segurança.

O TRE possui oito mil urnas eletrônicas, que são levadas às 7.056 seções de votação de todo Estado. Agora, segundo o juiz coordenador da Propaganda Eleitoral, Lídio Modesto, foi implantado um sistema via satélite que permite a apuração dos votos até a meia-noite do dia de votação. “Antes, demorava de três dias a uma semana para totalizar os votos”, lembra o magistrado.

Indígenas

Ailton Lopes explica sobre a dificuldade em seguir até as aldeias indígenas. Citou, como exemplo, a aldeia Metyktire, hoje localizada em Peixoto de Azevedo, que segundo ele, é nômade. Disse que a equipe de logística do TRE está verificando a melhor maneira de se chegar ao local, já que não há estrada.