Apesar de afirmar por diversas vezes que não possui ressentimento com os republicanos pelas críticas proferidas quando optou trocar o PR pelo PSB, o candidato a governador Mauro Mendes alfinetou os dirigentes da sigla e em tom de desabafo disse que saiu do partido “porque deixaram de valorizar as pessoas que fazem política”.
Mendes aproveitou a presença do deputado federal Homero Pereira (PR), que acompanhava o seu discurso no 2º Congresso de Vereadores de Mato Grosso, no Centro de Eventos do Pantanal, para fazer o esclarecimento sobre a troca. “Não tem como estar com quem não valoriza. Tem que valorizar as pessoas que estão com você”, disse o empresário que saiu derrotado nas urnas em 2008, quando disputou a Prefeitura de Cuiabá pelo PR com o atual prefeito Wilson Santos (PSDB).
Porém, Mendes reiterou que a definição pelo PSB sempre esteve ligada a questões de cunho ideológico e ao projeto da sigla, negando a intenção de disputa ao Palácio Paiaguás. “Eu mudei de partido não com a intenção de ser candidato. Tanto que relutei muito para aceitar esse novo desafio que requer responsabilidade”, frisou.
Projetos
Dono de um currículo de sucesso na área empresarial, que o vincula ao perfil do ex-governador Blairo Maggi (PR), Mauro Mendes se diz preparado para o novo embate e já apresenta um discurso "afinado" mais voltado para as questões sociais.
O empresário também que reforça que mesmo após ter sofrido pressões por todos os lados para desistir do projeto de eleição ao Paiaguás, o grupo que o acompanha formado pelo PSB, PDT, PPS e PV está unido em um novo projeto de desenvolvimento social.
Mauro Mendes discursou por 23 minutos e informou que já percorreu 90 municípios mato-grossenses os quais lhe deram a oportunidade de estar frente a frente com a realidade e problemáticas. Uma delas é quanto a saúde pública deficiente. Ele cita o déficit de 2 mil leitos e que 50% das cidades do interior não têm leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Também pontua problemas ambientais como a coleta de lixo que, segundo ele, apenas 76% dos municípios possuem.
Outro dado citado pelo candidato se refere ao saneamento básico. De acordo com ele, apenas 25% da média da população de Mato Grosso usufruiu da rede de esgoto. Já no setor da Educação“Não vou fazer discurso fácil e prometer aquilo que não vou cumprir”, finalizou.
