Com os olhos lacrimejando, a senadora Serys Slhessarenko (PT) declarou, durante o lançamento de sua candidatura a deputada federal neste sábado (24), que o grupo do deputado federal Carlos Abicalil, presidente regional da sigla petista, tentou puxar o "tapete" dela, mas que, diante dos pedidos da base eleitoral e dos colegas senadores, decidiu depois de expirado o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para o registro de candidaturas continuar a trajetória política.

"Tentaram puxar o meu tapete. Chutaram a minha canela e fiquei numa situação bastante difícil", disse, se referindo às prévias do PT da qual saiu derrotada por Abicalil e não pôde concorrer a reeleição. Frisou que até o último instante estava determinada a abandonar a vida pública ao avaliar que não valia a pena, porém, houve uma pressão intensa para que permanecesse mesmo que fosse na Câmara Federal, diferente do que ela (Serys) pretendia.

Serys fez questão de citar que hoje recebeu telefonemas de dirigentes de vários partidos, inclusive, daqueles que são adversários do PT nas urnas de 3 de outubro. "Para radicalizar, foi do Psol ao DEM. Todas as siglas exigiram que eu não saísse da política". Revelou ainda que a intenção era que a decisão de disputar a reeleição ou não fosse embasada nas avaliações dos eleitores e não que não deixaram que isso ocorresse.

Mãe de MT

A senadora garantiu que fez tudo esteve ao seu alcance para trazer investimentos ao Estado e se autointitulou "mãe dos mato-grossenses". Prometeu que, enquanto "matriarca" irá continuar lutando pelos interesses da população. Também referendou o nome da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, à presidente da República e enfatizou a vitória de Dilma provará que é possível a mulher chegar ao comando do país, já que até hoje nenhuma mulher chegou a ocupar o cargo.