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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Economia

USP terá biblioteca com o maior acervo de assuntos brasileiros do país

Uma nova biblioteca da Universidade de São Paulo (USP), em fase de construção no campus do Butantã, Zona Oeste da capital, abrigará o maior acervo de assuntos brasileiros do país. 


Com previsão de entrega para outubro, a Brasiliana USP, como será chamado o complexo de 20 mil m2 entre os edifícios da Reitoria e os da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, receberá o acervo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e o da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.

Isso quer dizer que estarão lado a lado dois acervos muito importantes do país. A coleção de quase 20 mil títulos, o equivalente a 40 mil volumes, doada por Mindlin para a universidade ficará num dos prédios. No outro bloco, ligado ao primeiro por uma área comum com anfiteatro e cafeteria, estarão os 150 mil títulos do IEB, além de um arquivo com 500 mil documentos. 

“A importância disso é incrível não só pela quantidade do acervo como pela raridade e diversidade de assuntos brasileiros reunidos num só local”, afirma a professora Ana Lúcia Lanna, diretora do IEB.

Com uma verba de pouco mais de R$ 30 milhões, ficarão prontos neste ano, no entanto, o módulo da biblioteca Brasiliana, os espaços comuns e parte do IEB. “A obra completa deverá ser concluída em 2011. Vai depender de verba”, afirma o professor João Cyro André, da Coordenadoria do Espaço Físico (Coesf) da USP, órgão que cuida do planejamento de obras na universidade.

“De acordo com a política da USP, não se inicia mais uma obra sem que o recurso esteja assegurado”, justifica ele, citando como exemplo o edifício Paço das Artes, que ficou inacabado.

Além da biblioteca Brasiliana USP, outras obras estão em andamento nos campi da USP, como a construção de uma nova biblioteca na Faculdade de Educação e o edifício sede do Instituto de Relações Internacionais, na Cidade Universitária.

Segundo o coordenador da Coesf, em 2009, a USP destinará cerca de R$ 15,5 milhões para a manutenção das unidades e R$ 8,5 milhões para projetos especiais”, afirma João Cyro.

Alguns dos prédios de valor histórico também são alvo de intervenções. A obra no Complexo do Engenho São Jorge dos Erasmos, que é tombado pelo patrimônio histórico, deve ficar pronta no próximo mês. O engenho faz parte da USP e fica na Baixada Santista. Na área, funcionará um pólo de ensino e de extensão cultural. 

Sob a responsabilidade da Coesf está um total de 1,6 milhão de metros quadrados de área construída nos sete campi da USP. "A nossa preocupação é fazer a manutenção e recuperação do patrimônio físico, ainda mais que temos muitas áreas tombadas, como o campus da Escola Superior de Agronomia (Esalq), a Faculdade de Direito, no largo São Francisco, e a Casa de Dona Yayá, na Bela Vista."

O prédio que se encontra em estado mais crítico é o da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), em São Paulo, projetado pelo renomado arquiteto Villanova Artigas e que completa 40 anos em 2009.

“Tem infiltrações, goteiras e pedaços soltos do teto. O estado em que o prédio se encontra é vergonhoso, ainda mais pela importância que tem”, afirma Marcos Acayaba, arquiteto e professor da faculdade. “O prédio corresponde a uma situação urbana, em que há uma grande praça central, com edifícios em volta num espaço ligado por um sistema viário de rampas sempre contínuas. É um tesouro do país e, por não dizer, do mundo.”

Polêmica, a obra de recuperação da cobertura deve começar em breve. “Será feito um sistema de drenagem novo e parte da cobertura será transparente, que não irá alterar a fachada do prédio”, avalia o coordenador do Espaço Físico.
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