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Sábado, 20 de julho de 2024

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Pioneiro

Setores se unem e criam 1° banco de passivos e ativos ambientais do país

Indústria, agronegócio e meio ambiente, todos juntos em um só projeto. Há alguns anos tal composição soaria irreal, devido às muitas divergências de ideias e condutas entre os setores. No entanto, com a conscientização crescente da necessidade de modelos sustentáveis de produção, foi criado em Mato Grosso uma espécie de banco de passivos e ativos ambientais. Uma plataforma de comércio de gás carbônico. O projeto é pioneiro em todo o país.


A Unidade de Bens e Serviços Ambientais congrega o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Sistema Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Sistema Famato) e o Instituto Ação Verde. As instituições assinaram um termo de cooperação técnica para implantar a unidade na última sexta-feira (30).

“Na unidade haverá uma plataforma de negócios em que os ativos e passivos ambientais poderão ser comercializados, numa espécie de banco. Após ser realizado todo levantamento será possível verificar que temos mais ativos do que passivos”, destacou o presidente do Sistema Fiemt, Jandir José Milan.

A mesma opinião foi compartilhada pelo presidente do Sistema Famato, Rui Prado, que destacou a agregação de valor que essa plataforma irá propiciar aos produtos originários de Mato Grosso. “Isso irá incrementar os negócios do Estado, pois quando for mensurado o que temos de ativos e passivos ambientais, a balança demonstrará que temos mais crédito, além de neutralizar o nosso passivo. Com isso, poderemos exportar ativos ambientais”, assegurou.

A iniciativa foi elogiada pelo senador Gilberto Goellner, que faz parte da Comissão de Políticas Ambientais de Bens e Serviços do Senado Federal. “Só temos que parabenizar a iniciativa das federações, que fazem hoje um projeto inédito no país e diferente de tudo que está em andamento”, avaliou. Ainda conforme o senador, o que está sendo desenvolvido no Estado está alinhado com o que há de mais moderno no mundo.

Um dos parceiros do projeto será o Instituto Ação Verde que deverá administrar a plataforma de negócio. “Iremos mostrar ao país que temos mais de 60% de Estado preservado e que este percentual corresponde a ativos ambientais. Vamos poder mostrar para o mundo que, o que é produzido aqui no Estado, é politicamente correto”, destacou o diretor executivo do instituto, Ricardo Arioli.
Arioli ainda acrescenta que nesse tipo de negócio Mato Grosso caminha rumo à chamada “economia do baixo carbono”, na qual preservar o meio ambiente tem valor econômico também para quem preserva. O senador Goellner ressalta que os ativos ambientais hoje não são remunerados no Brasil e que devem, sim, serem convertidos em recursos financeiros a quem se dedicar a preservar.

Para que a plataforma comece a operar, será realizado um inventário de ativos e passivos ambientais e a metodologia utilizada será toda elaborada pelo instituto. Além disso, de acordo com Ricardo Arioli, o instituto atuará como entidade certificadora de projetos que irão compor a plataforma de negócios. Com informações da Fiemt.
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