O presidente da Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam), Walter Pereira, aponta que a liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a três juízes afastados para que retornem aos cargos “revela o “cinismo das ações impetradas contra magistrados de Mato Grosso”.

Apesar de defender a aposentadoria compulsória como punição administrativa máxima a juízes e desembargadores que cometem desvio de conduta, Pereira declara que a decisão também revela a “injustiça” de pessoas que proferiram críticas e julgaram antes mesmo da Justiça.

“O ministro entendeu que eles (juízes) devem retornam aos cargos e será cumprido. Isso só mostra o cinismo de decisões contra os magistrados de Mato Grosso e por parte de pessoas que julgaram sem antes concluir”, frisou em entrevista ao Olhar Direto.

Walter Pereira assumiu a Amam em fevereiro de 2009 e atua no Poder Judiciário há 11 anos. Ele manteve-se neutro, sem pertencer a grupos políticos e está empenhado em levantar o moral dos magistrados do Estado.

Os juízes Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeiro de Caravellas e Antônio Horácio tiveram o pedido de liminar concedido nesta segunda-feira (2) pelo ministro Celso de Mello do STF e vão retornar aos cargos. 

Todos foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em fevereiro deste ano, juntamente com outros oito magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso por suposto esquema desvio de dinheiro para salvar uma cooperativa de crédito ligada à Loja Macônica Grande Oriente.

O presidente da Aman considera que os desembargadores e juízes foram vítimas de críticas e não vão ter “a reparação devida” para que a imagem desgastada se reverta.