O candidato a senador Pedro Taques (PDT) concedeu entrevista neste domingo (1º) ao programa Ponto de Vista, apresentado pelo jornalista Onofre Júnior, transmitido ao vivo pela TV Rondon, canal 5. Taques recebeu diversas perguntas de telespectadores e os principais questionamentos estavam relacionados à contenção da violência. O candidato defendeu um novo modelo de atuação da polícia. “Precisamos trabalhar nessa construção. Precisamos, sim, de mais policiais nas ruas, mas também de mais ações sociais”, destacou.
Lembrou que hoje o Estado tem aproximadamente seis mil policiais e que até a Copa de 2014 o Estado precisaria contar com 12 mil homens. “Mas não basta mais policiais. Esses profissionais precisam ser valorizados”. Também destacou que pretende ser um dos articuladores da votação das PECs sobre piso salarial de policiais e bombeiros (300/08 e 446/09) e sobre a criação da polícia penal (308/04). “Tudo isso tem que ser discutido com a sociedade”, ressaltou.
O candidato reforçou sua defesa quanto à segurança pública em Mato Grosso e mais uma vez pontuou sobre a deficiência na fiscalização na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, porta de entrada de drogas. Ao todo, são 900 quilômetros de fronteira e 96 policiais disponíveis na região oeste do Estado. Pensar na atuação das forças armadas na região é uma das propostas levantadas pelo candidato. “Estes homens podem auxiliar no combate ao tráfico de drogas na fronteira, já que é pela Bolívia que entra o maior volume de entorpecentes no Brasil”, disse. Também declarou ser favorável a penas mais rigorosas para traficantes e investimentos em terapia para os usuários de drogas.
O ex-procurador aproveitou a oportunidade para apresentar outros compromissos. Discorreu sobre a implantação de escolas públicas de qualidade, “que possam ensinar e alunos que aprendam de verdade, sendo uma alternativa para que Mato Grosso saia de 24ª posição em defasagem no ensino público no País, entre os 27 estados da federação. Como também ter os olhos voltados a uma saúde preventiva e trazer recursos ao estado no intuito de ampliar os 500 postos do Programa de Saúde da Família (PSF) para 900”.
O pedetista mais uma vez defendeu a implantação da hidrovia Paraguai-Paraná e ressaltou a importância da criação de um porto que as normas ambientais.
Dentre os temas que causa divisão de opiniões, o casamento entre pessoas do mesmo sexo também foi abordado. Para Taques, a intimidade é um direito de cada cidadão. “Cada pessoa tem o direito de escolher seu destino, isso é questão de foro íntimo. Porém, não se pode deixar de lado que existem pessoas que não entenderão tal orientação, por questões religiosas. Logo, deve ser bem analisado e discutido entre a sociedade”, avaliou.
A liberalização da maconha no Brasil também foi outro ponto polêmico questionado ao ex-procurador. Ele foi enfático ao esclarecer que é contra tal medida, visto que a descriminalização de uma droga pode gerar o efeito escada, ou seja, acaba por abrir precedentes para o uso e liberalização de outros entorpecentes. Sobre o aborto, respondeu que é favorável à vida e que o aborto de uma gravidez não advinda de um estupro ou que a gestação traz riscos à mulher, é proibido por lei.
A participação de Taques no Programa Ponto de Vista atendeu o sorteio feito pelo programa no quadro em que se entrevista candidatos a senador.
