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Sábado, 20 de julho de 2024

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Portugal tem cerca de 300 focos de incêndios por dia

A onda de incêndios que castiga Portugal gerou preocupação no país, que com 300 focos diários teme reviver os anos trágicos de 2003 e 2005, quando as áreas florestais foram drasticamente...

A onda de incêndios que castiga Portugal gerou preocupação no país, que com 300 focos diários teme reviver os anos trágicos de 2003 e 2005, quando as áreas florestais foram drasticamente reduzidas.


Uma área superior a 68 mil hectares foi queimada este ano em Portugal e só na última semana foram detectados mais de 300 focos de incêndio por dia, segundo estimativas do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais e de autoridades locais.

As chamas alcançaram os parques naturais de Peneda-Gerês e Serra da Estrela, no norte do país e próximos à Espanha, provocaram a evacuação temporária de algumas vilas e o fechamento de estradas, e resultaram na morte de dois bombeiros nos últimos dias.

Diante desta situação preocupante, o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, José Sócrates, interromperam suas férias e se reuniram hoje com os responsáveis pela luta contra os incêndios.

Cavaco apelou para a precaução dos portugueses e citou o trabalho dos bombeiros, elogiando o esforço constante para proteger os cidadãos e seus bens.

Sócrates disse que o dispositivo de luta contra os incêndios se revelou "muito positivo" e "melhorou" comparado aos incidentes de 2003 e 2005, quando foram queimados 425.726 e 338 mil hectares respectivamente.

No entanto, as principais associações ambientais do país e algumas autoridades locais criticaram a falta de coordenação nas tarefas de prevenção e extinção.

A Liga para a Proteção da Natureza advertiu que as condições meteorológicas adversas mostraram os muitos erros na prevenção de incêndios e insistiu que continua faltando uma ação eficaz das autoridades.

O Governo de Portugal contratou dois helicópteros que se unirão a dois Canadair franceses, aviões utilizados para pegar água e combater incêndios, uma contribuição do mecanismo europeu.

As Forças Armadas portuguesas também estão colaborando com a Defesa Civil e colocaram 832 militares para trabalhar na extinção e vigilância de incêndios, que podem ter sido propositais.

A Polícia portuguesa reforçou suas equipes de investigação e anunciou hoje a detenção de três homens acusados de terem provocado incêndios nas cidades do Norte de Mogadouro, Tabuaco e Sernancelhe, o que elevou para 15 o número de suspeitos presos por provocar este tipo de delito durante o ano.

Hoje mais de 700 soldados se dedicaram a apagar 43 focos de incêndios, a maioria no norte do país, onde ocorreram cenas de pânico por causa da proximidade das chamas de algumas casas.

Os habitantes de Vilar de Suente, na localidade de Arcos de Valdevez - junto ao parque de Peneda-Gerês -, foram obrigados, ontem, a abandorar suas casas e só puderam retornar de madrugada.

Entre as zonas críticas, está o Peneda-Gerês, que faz fronteira com a Galícia, onde dois focos permanecem ativos há três dias: em Terras de Bouro, no distrito de Braga, e em Mezio-Travanca, na localidade de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.

No entanto, o parque Serra da Estrela, um dos maiores pulmões do país, era o que mais causava preocupação com três focos no município de Seia, distrito de Guarda, onde mais de 400 profissionais estão trabalhando.
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