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Sábado, 18 de maio de 2024

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Taques e Mendes recebem proposta de criação de Secretaria Florestal

Taques e Mendes recebem proposta de criação de Secretaria Florestal
“Transformar a floresta plantada em negócio”. Essa é a proposta que foi entregue aos candidatos ao governo e ao Senado, Mauro Mendes (PSB) e Pedro Taques (PDT) respectivamente. A ideia partiu de diversas entidades mato-grossenses ligadas ao setor de base florestal. São elas: Associação dos Engenheiros Florestais (Amef), Associação de Reflorestadores (Arefloresta), Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem) e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT). Também assinam a proposta a Federação das Indústrias (Fiemt) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).


A proposta apresentada nesta quarta-feira (18) no Comitê Central de Mendes é fazer de Mato Grosso um exemplo de “negócio ambiental”, já que o estado possui uma extensa área que poderia ser utilizada para plantar árvores que geram renda. Nesse rol de plantas incluem-se: seringueiras, eucalipto, teca e pau-de-balsa.

Em Mato Grosso, as florestas plantadas com essas árvores, apesar de estarem no início, somam 208 milhões de hectares. Por sua vez, esses hectares plantados geram 2 milhões de matéria seca total (biomassa) e 30 mil m³/ano de madeira. Por fim, o faturamento anual com a produção citada alcança R$ 65 milhões. “A floresta plantada gera muito mais empregos que uma plantação de algodão, por exemplo”, destacou o presidente da Amef, Joaquim Paiva.

Com toda sua complexidade e falta de incentivos, o setor de base florestal responde por 6% do produto interno bruto. Com relação as florestas nativas mato-grossenses, os dados econômicos surpreendem. São cerca de 160 mil empregos diretos e indiretos gerados com a atividade de 1.643 indústrias.

Outro ponto destacado pelos representantes das entidades é a importância que a organização do manejo florestal teria com a criação da secretaria. “O Estado possui 2,6 milhões de m³ de hectares de áreas de manejo e espera-se que essa área chegue a 6 milhões de hectares nos próximos anos”, destacou o engenheiro florestal Sandro Andreani. Esses dados também revelam que em Mato Grosso há um déficit de madeira explorável.

Taques ouviu atentamente todas as observações do grupo e se comprometeu a estudar a proposta para saber como poderá auxiliar. “Num primeiro momento essa proposta me parece totalmente viável e que pelo conhecimento que tenho sobre a área ambiental, Mato Grosso precisa ser inserido no processo de transformar floresta em pé e plantada em renda”, destacou.

Taques destacou que um dos maiores entraves existentes na área ambiental está relacionado aos conflitos de Legislações. “São mais de 16 mil leis ambientais, sem falar que o Estado interpreta muitas de uma forma e os órgãos federais de outra. No Senado, vou trabalhar para mudar esse cenário”, destacou.

Mendes lembrou que hoje a secretaria de Meio Ambiente, responsável pelo setor de base por meio da Superintendência de Gestão Florestal, tem o foco voltado para fiscalização, licenciamentos e situações emergenciais. “Hoje, literalmente, a Sema atua apenas no emergencial e não no preventivo e na promoção da floresta”, reclamou.

O candidato ao governo afirmou que reconhece como positiva a proposta do grupo e que, se eleito, pensaria, no mínimo em dobrar o orçamento da pasta. “É preciso sempre olhar o orçamento, mas acredito que um setor voltado para geração de renda ao Estado compensaria qualquer custo e traria mais recursos para os cofres públicos. Sem contar que a floresta em pé é uma demanda mundial”, destacou Mendes.
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