Sem um investimento anual de pelo menos US$ 515 bilhões na produção de energia limpa, as emissões de dióxido de carbono alcançarão níveis considerados insustentáveis pelos cientistas, e provocarão um aumento de 2ºC na temperatura global.
Esta é a previsão feita por um relatório feito em conjunto entre Fórum Econômico Mundial e a entidade New Energy Finance, cujos analistas afirmam que o investimento deva começar imediatamente, e se prolongar até 2030.
A pesquisa diz que há uma série de setores emergentes produtores de energia limpa em grande escala, e cujas infraestruturas devem se desenvolver no futuro: a energia eólica, a solar, a termosolar, a geotérmica, o etanol e os combustíveis derivados de celulose e de nova geração.
Segundo os autores do estudo, na atual crise econômica, cada dólar que for gasto deve contribuir para desenvolver uma economia de baixo consumo de dióxido de carvão --um esforço que também pode ser um bom negócio.
O índice, que reúne as 90 maiores companhias de energia limpa, mostra que sua rentabilidade aumentou 10% anuais nos últimos cinco anos, informa o relatório.
A mudança climática é um dos temas principais da reunião anual do Fórum Econômico Mundial realizado até o próximo domingo em Davos, onde os participantes debatem sobre como aprofundar os esforços para controlar este fenômeno em meio a uma crise econômica que monopoliza a atenção e a preocupação mundial.