O vereador Adevair Cabral (PDT) acusou um dos filhos do vereador Juca do Guaraná (PP) de ter mostrado, no gabinete da Presidência, três cheques que totalizam um montante de R$ 120 mil. Dois seriam de Clovito (PTB) e o outro seria de um parente do ex-vereador e candidato a deputado estadual Luiz Marinho (DEM). “Eu vi os três cheque que deram para o Juca, um era de R$ 70 mil, um de R$ 20 mil e um de R$ 30 mil. Dois do Clovito e um é de um parente do Luiz Marinho”, disparou.

Em entrevista a imprensa, Cabral não soube citar o nome do filho do Juca do Guaraná, mas ressaltou que se sente traído por dois colegas parlamentares, o vereador professor Néviton (PRTB), que estava licenciado e reassumiu a cadeira na Câmara para a votação e pelo vereador Leve Levi (PP), a quem acusou de ter recebido R$ 150 mil para não comparecer a sessão de hoje. “Eu me senti traído pelo Néviton e pelo Levi. O filho do Juca disse que o Levi recebeu R$ 150 mil”.

Conforme a denúncia feita pelo presidente da casa Deucimar Silva (PP), além de Adevair os vereadores Everton Pop (PP) e Toninho de Souza (PDT) também presenciaram a conversa e viram os cheques.

O vereador Everton Pop (PP), por sua vez, disse que viu o filho do Juca do Guaraná dizer que estava difícil votar no pedetista, devido aos cheques, porém o parlamentar teria se retirado da sala no momento da conversa. Ele afirmou ainda ter ficado surpreso pela forma brusca como foi suspendida a sessão.

Já Juca do Guaraná, negou as acusações contra seu filho e disse não ter recebido nenhuma oferta para a votação. “Eu vou votar conforme a minha consciência e ninguém me ofereceu dinheiro até porque, se tivessem me oferecido, a pessoa que fizesse isso ia ser presa”, defendeu-se.