O candidato a governador, Mauro Mendes (PSB), classificou como incompetência do governo de Mato Grosso a falta de professores nas escolas estaduais desde julho desse ano. Ocorre que a lei 9.504 proíbe nomeações e contratações no período eleitoral.

Por conta da falta de professores em sala de aula, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) deflagrou uma paralisação geral nesta quarta-feira (25) em todo o estado.

A rede estadual de ensino é composta por 630 escolas, que atendem quase 500 mil estudantes. Para tanto, conta com 23 mil professores. Conforme o Sintep, maior parte da rede aderiu à paralisação.

“O período eleitoral não é novidade, já estava previsto. Acontece que o governo do estado não se preveniu para garantir as contratações. Tem que haver um planejamento. Essa situação é pura incompetência do governo do estado”, diz o candidato.

Mauro ainda acrescentou que a situação é reflexo claro do mau administrador. “Infelizmente, quando o administrador público é incompetente quem paga é o cidadão. Nesse caso, são as crianças que estão pagando”.

VÁRZEA GRANDE – Ao fazer um arrastão pelo bairro Asa Bela, Mauro Mendes foi chamado por um grupo de professores que expôs a situação da escola estadual “Arlete Maria da Silva”. “Temos 11 salas de aula sem professor de geografia e português desde julho”, disse a coordenadora, Rosane Krebs.

Segundo os professores, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) além de não prever o término dos contratos, ainda não considera os pedidos de licença maternidade e aposentadoria, por exemplo. “Eles (a Seduc) dizem que as licenças saúde não são previstas, mas há também a licença maternidade e a aposentadoria que eles não prevêem”, exclamou a professora Adenilza Ferreira.

A escola atende 1.170 alunos do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) dos bairros Asa Bela, Asa Branca, Colorado, Santa Isabel, Eldorado, Tororó e Marajoara.