Os vereadores Levi Pires de Andrade (PP), o Leve Levi, e Juca do Guaraná (PP) registraram boletim de ocorrência por calúnia e difamação contra o também vereador Adevair Cabral (PDT), após o pedetista ter acusado os ‘colegas’ de terem recebido dinheiro para votarem na chapa “Resgate da Cidadania”, encabeçada pelo candidato à presidência da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, Júlio Pinheiro (PTB).

Cabral, que também disputa a presidência da Mesa pela chapa “Unidade e Trabalho”, disse que Levi e Juca teriam recebido cheques no valor de R$ 150 mil do também vereador Clovis Hugueney (PTB), o Clovito, e de um irmão do candidato a deputado estadual Luiz Marinho (DEM).

Segundo Adevair Cabral, um filho de Juca, que ocupa a vaga deixada por Levi, licenciado por problemas de saúde, esteve no gabinete do atual presidente, Deucimar Silva (PP), alegando que estava difícil de votar no pedetista e teria mostrado os cheques.

Juca do Guaraná, por sua vez, negou as acusações. Já Leve Levi criticou a atitude de Adevair e afirmou que sua única interferência no processo de votação da Mesa foi o de orientar Juca a não votar pela continuidade. "Eu estive na Câmara no dia da votação porque pedi pro Juca não votar pela continuidade, se ele votasse no Adevair, não me acovardaria e reassumiria".

O pedetista acusou os vereadores progressistas e chegou a chamá-los de ‘traidores’ após a sessão que elegeria o novo comando do legislativo cuiabano para o biênio 2011-2013, realizada na quarta (26), mas suspensa devido às denúncias apresentadas pelo grupo de Cabral e Deucimar.

Durante a sessão o atual presidente declarou ter posse de gravações de denúncias comprometedoras, em que quatro vereadores receberiam dinheiro para votar na chapa de Pinheiro. No mesmo momento, o petebista pediu uso da palavra e apresentou um DVD com outra denúncia, desta vez contra o progressista.