Em ação movida pelo ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), o suplente de deputado Alexandre Cesar (PT) arrolou como testemunha no processo o juiz federal Julier Sebastião da Silva. O petista é acusado de ter ferido a honra do tucano durante um programa de TV, em 2005, quando citou suposta relação de amizade entre Antero e o ex-bicheiro e agiota João Arcanjo Ribeiro.

Já Antero, hoje candidato ao Senado, convocou como sua testemunha no caso a senadora Ideli Salvatti (PT/SC). A parlamentar prestará esclarecimentos sobre o processo que tramita em Segunda Instância por meio de carta precatória no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O relator do processo é o desembargador Orlando Perri.

Até hoje, Cesar ingressou com três recursos contestando a ação. O TJMT, porém, rejeitou os pedidos da defesa e manteve a queixa-crime que tramita há quatro anos. De acordo com o petista, a “ação é maluca”, pois não houve nenhum tipo de ofensa e que apenas respondeu à pergunta do apresentador sobre as críticas de Antero à presidente Lula, maior liderança do PT no país.

“Na época, disse somente que Antero atacava Lula como forma de se defender, pois ele (Antero) contribuiu com o arquivamento de CPI´s, como, a do Banestado que foi engavetada para livrar pessoas próximas a ele (Antero)”, declarou. Ele lembrou ainda que na mesma entrevista citou uma fala do juiz Julier de que “Antero seria o senador do Arcanjo”. “Obviamente não tinha nada demais, mas o Antero achou que ofendeu a sua honra”, completou Cesar.

Apesar de ter sido divulgada o próximo passo da ação penal, as audiências com Julier e Ideli Salvatti foram marcadas para o início de dezembro.