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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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Torcida em Istambul vai à loucura com sufoco do Brasil nos EUA

Torcida em Istambul vai à loucura com sufoco do Brasil nos EUA
Equipe treinada por Rubén Magnano perde por 70 a 68; Leandrinho, Splitter e Marquinhos têm boa atuação


Reduzir Normal Aumentar Imprimir Solly Boussidan
Direto de Istambul
Depois de duas rodadas mornas, o Mundial de Basquete esquentou na última segunda-feira, na Arena Abdi Ipekçi, em Istambul, com o emocionante duelo entre Estados Unidos e Brasil. A torcida turca se juntou aos brasileiros e apoiou a equipe de Leandrinho e Tiago Splitter no duelo decidido nos segundos finais a favor dos campeões olímpicos.

Os americanos atropelaram nas duas primeiras rodadas os eslovenos e croatas, mas sofreram para passar pelo Brasil, comandado pelo argentino Rubén Magnano, por 70 a 68.

Durante o dia, a imprensa turca anunciava o confronto entre Brasil e EUA e, pela primeira vez desde o início do campeonato, os torcedores compareceram em massa e lotaram as arquibancadas. Do lado brasileiro, alguns fãs ilustres vieram apoiar a seleção verde-amarela - os jogadores de futebol Elano (atualmente atua pelo Galatasaray) e Alex (do Fenerbahce).

Em quadra, o que se viu foi um jogo disputadíssimo, com o Brasil dominando a primeira metade da partida por pequena margem de pontos e os até então imbatíveis americanos tendo que suar muito para não perder o ritmo. Em um dos lances mais aplaudidos no ginásio durante o primeiro quarto, o pivô Tiago Splitter vinha rápido em direção à cesta adversária quando em uma defesa mais exaltada dos americanos tropeçou próximo ao garrafão. Do chão, o pivô conseguiu ainda passar a bola para Marquinhos, que completou a jogada com um belo arremesso, deixando o placar em 13 a 10 para o Brasil e fazendo a arena inteira urrar.

Kevin Durant, dos EUA, mais uma vez foi o cestinha da partida, com 27 pontos (19 dos quais nos primeiros dois quartos do jogo). O Brasil viu boas atuações de Leandrinho, Tiago Splitter e Marquinhos, mas sofreu com alguns passes errados de JP Batista.

Enquanto em quadra um verdadeiro show de basquete deixava Istambul estática, na arquibancada o que se viu foi um espetáculo promovido pelos fãs da modalidade. A arena apoiava em massa ao Brasil, muito aplaudido a cada lance. Torcedores pintados e com bandeiras do País cantavam, faziam "olas" e se desesperavam a cada lance da partida. Os EUA jogaram sob a pressão de uma casa que claramente apoiava o adversário e tentava atrapalhar ao máximo sua concentração, com vaias cada vez que tocavam na bola.

Os momentos finais da partida foram tão desesperadores para os atletas quanto para os torcedores. O comedido técnico da seleção americana, Mike Krzyzewski, o "Coach K", foi visto em um raro momento onde gritava, de pé, instruções aos seus jogadores. O setor da imprensa internacional que acompanhava a partida também se levantou desesperado para assistir aos últimos lances do duelo, que terminou com algumas bolas brasileiras que se recusaram a entrar na cesta adversária e um placar apertado de 70 a 68 para os americanos, que pareciam surpresos e irritados com o modo como o jogo se desenrolou.

Os brasileiros saíram um pouco frustrados, mas com a cabeça erguida e conscientes de que havia plenas condições de um resultado diferente para a partida contra o poderoso time ianque. Krzyzewski, o técnico americano, definiu bem a sensação da partida.

"Ambos os técnicos estão orgulhosos. No segundo tempo os pontos não estavam vindo fáceis para ninguém e os times jogaram com o coração. O Brasil é um time tão elogiado, com tão bom conceito, que precisávamos de muito mais energia para batê-los. Durante o sorteio dos grupos quando vimos que saiu o Brasil, dissemos "esses caras podem ganhar da gente". O (Leandrinho) Barbosa é um dos maiores jogadores do mundo e o (Marcelinho) Machado é um dos maiores chutadores do mundo. Splitter foi incrível e o (Marcelo) Huertas conduziu todo o time".

Para Leandrinho, apesar da excelente performance do Brasil, a derrota teve um sabor azedo. "Mandei a bola certinha, com a rotação para cair, mas infelizmente não deu certo. Duas vezes a bola rodou e não entrou. Podíamos ter conseguido a tão sonhada classificação em primeiro lugar", disse o ala.

"Com este jogo mostramos que nosso time pode chegar longe no torneio, é um campeonato longo e faremos uma boa campanha. Tivemos a motivação de um jogo mais forte. Muita gente não acreditava na gente, mas mostramos nosso valor e com isso seremos respeitados. Agora vamos para cima de Eslovênia e Croácia", acrescentou.

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