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Quinta-feira, 03 de outubro de 2024

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INSPEÇÃO

Hospitais apresentam estrutura precária e falhas graves

Foto: Reprodução

CRM visitou quatro hospitais no interior

CRM visitou quatro hospitais no interior

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso faz denúncias a irregularidades em quatro hospitais do interior do Estado. Entre eles, está o hospital regional de Barra do Garças (a 504 quilômetros de Cuiabá). A vistoria, que identificou a precariedade do sistema público de saúde, foi realizada nos últimos meses de junho e julho em Várzea Grande, Cáceres, Juína, Rondonópolis e em Barra do Garças.


O presidente do CRM-MT, médico Arlan de Azevedo Ferreira, classificou como grave a situação nas unidades analisadas pelos técnicos do conselho o que, segundo ele, desestimula a interiorização da classe médica em Mato Grosso e expõe a população a um atendimento inadequado.

Em Barra do Garças, os técnicos do CRM-MT detectaram que o Pronto Socorro Municipal não possui alvará da Agência Nacional de Vigilância Sanitárias (Anvisa), a mobília está em péssimo estado de conservação e não há desfibrilador no corredor de emergência que dá acesso à enfermaria. Além da falta de profissionais e materiais, outros dois pontos tidos como graves foram em relação aos prontuários, que não são preenchidos adequadamente, e na contratação da empresa de radiologia, que emite laudos assinados por médicos de Minas Gerais e não inscritos no CRM-MT. Uma foto tirada pelo CRM mostra infiltrações no teto da lavanderia da unidade.

Em Várzea Grande, foram detectadas macas improvisadas e bancos de madeira acomodando pacientes gerando desconforto para os usuários e carência de profissionais. A equipe de fiscalização do CRM encontrou um paciente que foi operado de apendicite na sexta-feira e ainda no domingo permanecia no centro cirúrgico.

Em Cáceres, o pronto-atendimento possui equipamentos sucateados, medicamentos vencidos e acondicionados de forma irregular, bem como falta de profissionais e instalações elétricas expostas, macas enferrujadas. Já no hospital regional de Cáceres, coleta de lixo hospitalar inadequada, ausência de UTI pediátrica e a central de esterilização denuncia o CRM-MT está entre sala de velório e o armazenamento de cadáveres.

Em Juína, o hospital municipal não possui inscrição no CRM-MT e nem alvará da Anvisa. "As instalações físicas são dignas de interdição", constatou o presidente Arlan de Azevedo Ferreira. O berçário fica em lugar insalubre, o lixo hospital é exposto a céu aberto e não há material de reanimação nas salas cirúrgicas.

Em Rondonópolis, há uma clínica sem médico responsável, exames eram realizados e analisados por técnicos em radiologia descumprindo o que manda a resolução do CFM e Anvisa, também identificadas pelos técnicos.
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