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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Notícias | Economia

Greve na Petrobras pode chegar ao fim nesta sexta

No quinto dia de greve dos petroleiros, dirigentes sindicais e representantes da Petrobras voltaram às negociações, para tentar evitar que a paralisação seja prorrogada para a próxima semana. Os impasses mantidos continuam envolvendo o pagamento de PLR (participação nos lucros e resultados) e dos dias parados durante a greve.


A FUP (Federação Única dos Petroleiros) apresentou uma proposta à Petrobras, cuja reunião foi temporariamente suspensa. A expectativa da FUP é de que as partes entrem em acordo nesta tarde.

Por lei, a empresa está autorizada a descontar os dias de trabalho perdidos pelos trabalhadores que aderiram à greve. De acordo com o diretor de Finanças da FUP, José Genivaldo da Silva, os sindicatos querem a flexibilização desse desconto. Uma possibilidade ansiada pelos trabalhadores é a utilização do banco de horas para compensação dos dias parados, ao invés de desconto em folha.

Em relação à PLR, a Federação dos petroleiros quer que a participação sobre os juros e dividendos seja ampliada. A proposta da Petrobras teria sido de 3,17%, posteriormente ampliada para 3,3%. Ainda assim, o percentual foi considerado baixo pelos trabalhadores, já que a lei permite que se chegue a até 25%.

Além disso, a FUP quer que a participação sobre o percentual distribuído ao acionista fique próximo ao historicamente distribuído, em torno de 12%. "Essa faixa tem que ser mantida. Não permitiremos que rebaixem a participação do pessoal de nível médio para sobrar mais verba do que havia sido provisionada para distribuição de bônus aos diretores", disse Silva.

Punições

Um dos pontos que parece ter sido solucionado é sobre a possibilidade de punições aos trabalhadores que pararam os trabalhos ao longo da semana.

A Petrobras informou ontem à noite, em nota, que em nenhum momento houve ameaça de demissão ou punição aos trabalhadores em greve. No entanto, admitiu que a proposta realizada estabelecia que "eventuais excessos" cometidos durante o movimento seriam objeto de "procedimentos administrativos".

Já o presidente do Sitramico (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minério e Derivados de Petróleo) no Rio, Sérgio Vieira, disse que "a Petrobras insistia em manter punições para os trabalhadores".

Segundo Vieira, poderia haver advertências, suspensão e até mesmo demissão de funcionários que aderiram à greve. Mas Silva, da FUP, que participa diretamente das discussões com a Petrobras, disse que hoje pela manhã a estatal sinalizou não ter intenção de punir trabalhadores em exercício de seu direito de greve.

BR Distribuidora

O Sitramico-RJ representa os trabalhadores da BR Distribuidora, que aderiu hoje ao movimento, com paralisação de 24 horas. Como a Petrobras teria mostrado disposição a entrar em acordo, com a nova reunião marcada para hoje, em andamento neste momento, o sindicato decidiu "não radicalizar a ação".

"A fábrica de lubrificantes em Caxias está 100% parada, mas resolvemos não parar, por enquanto, o terminal de distribuição de combustível, já que a Petrobras está disposta a negociar", disse Vieira.

Nas unidades da Petrobras, entre plataformas e refinarias, o plano de contingência foi posto em prática desde a segunda-feira.

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