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Domingo, 21 de julho de 2024

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Campanha ao governo de Minas vive seu momento mais agudo

A campanha ao governo de Minas inicia a etapa final vivendo seu momento mais agudo. O mês de setembro, decisivo para os concorrentes, promete acirrar os ânimos entre os candidatos Hélio Costa (PMDB) e Antonio Anastasia (PSDB). O clima de front de guerra paira no ar, o que fica claro nas dezenas de ações judiciais movidas por ambos na Justiça Eleitoral. As trocas de acusações também têm dominado o noticiário e não dão sinais de que irão cessar.


O ingrediente principal para o estiramento das tensões na disputa são as pesquisas, que agora colocam os dois candidatos em empate técnico. "A bruxa está solta", disse um aliado do candidato Hélio Costa. A candidatura do peemedebista saiu da zona de conforto nos últimos dez dias, com a ascensão de Anastasia depois de mais de um mês de estagnação.

A última tacada da coligação do senador peemedebista foi uma corrida a Brasília, na terça-feira (31), para convencer o presidente Lula e sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, a voltar a Minas pelo menos mais três vezes até 3 de outubro. O ex-governador Aécio Neves (PSDB), por sua vez, continua usando sua popularidade para tentar convencer o eleitor mineiro de que Anastasia é o melhor nome para continuar seu trabalho no Estado.

Num quadro de indefinições, o cabo de guerra e a troca de acusações deram a tônica da campanha nos últimos dias. Hélio Costa continua partindo para o ataque, usando como arma a tese de que a política salarial de Anastasia para os professores foi o "pior dos mundos" e apontando o que chama de política social "ineficaz".

O candidato do PMDB teve fôlego também para acusar manipulação na pesquisa Ibope, que mostrou uma reviravolta do adversário tucano na semana passada. A resposta de Anastasia veio de pronto. Irônico, ele chegou a dizer que "aquilo" não passava de um "despropósito".

Em novo round da guerra de nervos, Hélio Costa afirmou que havia um cerco aos empresários mineiros, o que estaria prejudicando as doações para sua campanha. Foi a vez de Aécio Neves sair em campo e ironizar a acusação.

Coadjuvantes
Enquanto os atores principais da disputa são expostos, mas recolhidos de tempo em tempo para evitar desgastes, interlocutores que têm menos a perder entram em cena. O presidente do PSDB Minas, Nárcio Rodrigues, foi escalado várias vezes para disparar contra Hélio Costa.

O dirigente respondeu às críticas de que os convênios fechados por Anastasia com centenas de municípios tinham tons eleitoreiros e até de coação. "A campanha do candidato do PMDB continua insistindo em criar factóides políticos. No desespero de tentar reverter a perda de apoio à sua candidatura, decidiu adotar uma postura totalmente contraditória. Em Minas, atacam os convênios do Estado, mas escondem dos eleitores que o Governo Federal, do qual ele e seu vice (Patrus Ananias) foram ministros, continua assinando convênios com municípios em todo o País".

Grampos e processos
Enquanto se degladiam na arena pública, os candidatos travam uma batalha paralela na Justiça Eleitoral. São pilhas e pilhas de processos com acusações de propaganda irregular, conduta vedada, abuso de poder, entre outros ataques. Na mesa dos magistrados, surgem curiosidades, como a tentativa da assessoria jurídica do candidato ao Senado Aécio Neves de considerar ilegal o chamado movimento Helécio (voto em Hélio Costa e Aécio).

Bem longe dos papéis do TRE mineiro, na área nobre da capital, o responsável pelo Helécio, o empresário Clésio Andrade (PR), conhecido por agir nos bastidores, também entra em cena. Sem apontar nomes, o ex-vice de Aécio - e hoje seu desafeto - bateu na porta da Polícia Civil para denunciar que o telefone da sua luxuosa casa na Região da Pampulha seria alvo de grampo.

E, às vésperas de entrar setembro, mais um capítulo da peleja vivida no segundo maior colégio eleitoral do País. Na noite de terça-feira (31), o debate marcado numa faculdade particular contou apenas com a presença de Anastasia. "Aquilo ali ia ser uma arapuca", confessou um aliado de Hélio Costa, para justificar a ausência do concorrente do PMDB.
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