O candidato ao Senado pela Coligação Senador Jonas Pinheiro, Antero Paes de Barros (PSDB) criticou a quebra do sigilo de Verônica Serra, filha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, e de outras pessoas ligadas ao partido. “Isso não é democracia”, disse o candidato. A declaração foi dada nesta segunda-feira, durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

Antero lembrou o episódio em que o ex-presidente Fernando Collor de Mello utilizou imagens e depoimentos da filha de Lula no programa eleitoral, em 1989, para prejudicá-lo na disputa eleitoral. Na época, ambos eram candidatos à Presidência da República.

Em seguida, defendeu sua proposta de garantir que autoridades públicas não tenham direito a sigilo bancário perante os órgãos fiscalizadores. O projeto foi apresentado por Antero durante o período em que atuou como senador (1999 a 2007). “Isso não quer dizer que devemos expor o sigilo de todos em praça pública, mas que o Estado fiscal e o Ministério Púbico não precisem enfrentar burocracia para ter acesso a esse sigilo”, explicou Antero.

Caso Francenildo - Outro caso que ganhou repercussão nacional foi a quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O caso foi denunciado por Antero Paes de Barros, durante as investigações da CPI dos Bingos.

O caseiro teve seu sigilo bancário violado após relatar à imprensa que o então Ministro da Fazenda, Antônio Palloci encontrava-se com lobistas em uma casa de Brasília, suposto local de distribuição de dinheiro e festas privadas, numa tentativa de torná-lo refém e desqualificar sua denúncia. Mas Palloci acabou deixando o cargo em 27 de março de 2006, três semanas após a publicação do relato de Francenildo.