A tentativa do candidato do PSDB ao Senado Antero Paes de Barros de denegrir a imagem do deputado Carlos Abicalil (PT) por meio de um vídeo na qual o petista seria a favor do aborto foi totalmente rechaçada pelo próprio Abicalil. De acordo com o candidato petista ao Senado, a estratégia de Antero é um sintoma claro de uma tática de campanha que tenta apenas desmoralizar e atacar a candidatura petista.
“Não diria que se trata de desespero por parte do nosso candidato, pois este é um assunto para psiquiatra, mas é um sintoma claro dos rumos que tomaram a candidatura do adversário”, declarou ontem Abicalil após audiência com o governador Silval Barbosa, em Brasília.
Carlos Abicalil disse que aguarda a decisão da justiça eleitoral para exigir o direito de resposta na propaganda eleitoral do tucano e também nas páginas do jornal A Gazeta que, segundo Abicalil, “comprou a idéia” de Antero ao explorar a notícia como se fosse um fato verídico.
Abicalil argumentou que não manifestou posição favorável ao aborto. Segundo ele, quando o projeto de lei estava tramitando na Câmara Federal, em 2008, ele apoiou a decisão da bancada petista que pediu que a proposta não tivesse caráter terminativo, ou seja, que pudesse ser discutida e votada no plenário da Casa.
“Alguns deputados foram procurados pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2008 e o que aconteceu é que manifestamos nossa posição de que o projeto era polêmico deveria ser discutido com mais profundidade no parlamento”, argumentou.
O deputado também desmentiu o jornal, que alegou ter informado que Abicalil foi um dos autores do projeto. “O projeto é de 2001, mas nesta época eu nem deputado era. Era professor em Barra do Garças. Será coincidência que as notícias no jornal A Gazeta foram divulgadas na mesma época durante o programa de Antero?”, indagou.
O juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Samir Hammoud acatou o pedido interposto pelo deputado proibindo as emissoras de TV e rádio passarem a propaganda que afirma que o petista seria favorável ao aborto. No entendimento do o magistrado, as imagens da inserção da TV tem caráter difamatório.
