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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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O estilo Renato: morde e assopra ao mesmo tempo

Nem só rosnadas, nem só carinhos. Renato Gaúcho tenta conquistar o elenco do Grêmio fazendo uma espécie de mescla de características. Ele diz que cobra forte os boleiros, mas que também os trata com delicadeza. No contato diário, o treinador lembra dos tempos de atleta e usa sua experiência em vestiário para manter a casa em ordem.


É uma questão de malandragem. Na prática, Renato conhece o discurso dos jogadores, tem intimidade até com as desculpas que eles inventam quando cometem alguma infração. E ele duvida que possa ser enganado por seus comandados.

- Eu olho para o jogador e digo que não tem trairagem comigo. Não tem sacanagem. Não adianta quererem me enganar, porque eu fiz isso há 20 anos. Não vai me enganar. Vai querer mentir, mas não vai conseguir. Não faço nada de anormal. Mas me enganar, não vão. Se tiver que tomar uma atitude mais radical, vou tomar. Mas não vai ser preciso, porque vou ganhar o jogador na conversa. Eu sei o que o jogador gosta de escutar. Mas se tiver uma ovelha negra ou uma laranja podre, pode procurar outro clube, pode ir embora. No meu diálogo, eu tiro tudo deles.

Renato tenta ficar no meio-termo entre o estilo paizão e o disciplinador. Ele procura levar o elenco na conversa.
- Tem que morder a assoprar ao mesmo tempo. Não adianta ser só uma coisa ou outra. É fundamental o cara conhecer o vestiário. Se me colocarem de gerente de banco, eu quebro o banco em dois dias. Não sei nada sobre isso – afirmou o treinador.
Ídolo histórico do Grêmio, Renato usa seu prestígio para conquistar o elenco. Ele deixa a hierarquia clara ao lembrar a importância que tem para o clube.

- Falei para eles que não estão falando com Zezinho ou Manoelzinho. Eles sabem o que eu represento para esse clube. Não vão medir forças comigo.

Renato disse que, nos tempos de jogador, tentou e até conseguiu enganar treinadores. Mas fez uma ressalva: na hora de a bola rolar, ele resolvia.

- De vez em quando, eu enganava. Eu era esperto. Mas eles me aliviavam. Se o cara fizer alguma coisa e me disser “deixa que eu resolvo”, eu o deixo em casa dormindo. Eu falava isso para meus treinadores: “Deixa que eu resolvo”.
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