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Domingo, 21 de julho de 2024

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Dilma fala sobre prisões de aliados no AP: "absolutamente de acordo"

A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, começou sorridente a sua primeira entrevista após o nascimento do neto, realizada no início da tarde desta sexta-feira (10), em Porto Alegre. A petista informou que, em função do nascimento, o atual momento é o mais feliz de sua vida. Conforme as perguntas avançaram em direção as questões de campanha e às críticas dos adversários, a candidata passou a demonstrar certa irritação. Comentou as prisões de aliados do governo feitas pela Polícia Federal no Amapá, resumindo que estão "absolutamente de acordo com o que sempre fizemos, de desmantelar esquemas de corrupção, doa a quem doer".


Dilma fez uma série de comentários sobre as vantagens que as avós possuem em relação às mães e declarou que "está meio boba" com a chegada de Gabriel. A petista disse que, em princípio, não pretende utilizar imagens de Gabriel em seu horário eleitoral. Apesar disso, não descartou completamente a possibilidade.

Questionada pelos jornalistas durante coletiva no Hospital Moinhos de Vento, onde sua filha deu à luz na manhã de quinta (9), Dilma afirmou: "em princípio, eu não pretendo. A não ser que ela (Paula, sua filha) queira".

Após responder às perguntas iniciais, que tratavam de mamadas, choros e fraldas, a petista também comentou questões referentes à campanha e às críticas que vêm sofrendo dos adversários. Dilma chegou a subir o tom nas respostas a respeito de pautas que integram o discurso de adversários, como a da possibilidade de um colapso na infra-estrutura em caso de o país continuar crescendo a um ritmo acelerado, e a da necessidade de ajuste econômico.

"Em que pesem serem necessários muitos investimentos, qualquer previsão catastrófica sobre colapso de infra-estrutura não é real", assinalou. A candidata assegurou que a hipótese de racionamento no Brasil "é zero, é negativa" e disse que o planejamento atual permite que o país tenha energia suficiente para crescer a 7% ao ano com tranqüilidade.

Quando respondeu sobre o ajuste econômico, foi enfática. "O ponto do ajuste econômico é o mais velho do ajuste fiscal. Você não faz ajuste fiscal porque acha bonito, faz porque precisa. Com a situação atual vou fazer ajuste fiscal para contentar quem? Quem ganha com isso? No Brasil construímos tudo isso para que não seja mais necessário ajuste fiscal".

A candidata não esperou a tradicional intervenção da assessoria para encerrar a entrevista. Ela mesma terminou a conversa, dizendo "Um beijo para vocês". Um jornalista ainda tentou retomar o tema do nascimento do neto e começou a pergunta dizendo: "Ainda sobre as fraldas..." Dilma o interrompeu. A ex-ministra confundiu "fraldas" com a palavra "fraudes". "Sobre isso não vou mais falar. Vocês perguntem ao meu adversário, que é a pauta dele", cortou, retirando-se da sala.

Dilma permanece em Porto Alegre pelo menos até o início da tarde deste sábado (11) para acompanhar a alta de Paula e Gabriel da maternidade, o que deve acontecer no final da manhã.
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