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Domingo, 05 de maio de 2024

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reta final

Campanha segue atípica, morna e sem uma participação popular efetiva

Embora o governador Silval Barbosa (PMDB) seja hoje o grande favorito para vencer as eleições gerais deste ano e o ex-governador Blairo Maggi (PR) já possa ser considerado como o "dono" de uma das duas vagas de senador, a campanha eleitoral deste ano segue atípica, morna, fria e sem uma participação efetiva de várias camadas e segmentos da população.


Atípica porque a falta de debate e da discussão e apresentação das propostas com maior transparência e ênfase é um fator relevante. Consequentemente, o processo tende a continuar morno também por conta da escassez de recursos, tão abundante em outros pleitos, e pelo baixo índice de engajamento de lideranças e de uma efetiva participação popular.

De forma geral, para muitos líderes ouvidos nos bastidores pelo Olhar Direto, a campanha começou oficialmente no dia 12 de agosto, data do primeiro debate, promovido pela rede Bandeirantes de Televisão, através de sua afiliada em Mato Grosso, a TV Cidade Verde, canal 12, mas voltou a entrar em banho-maria por causa do esvaziamento das discussões das propostas, teses e/ou programas de governo. Ou seja: a campanha voltou a ser fria.

Até as críticas foram arrefecidas pela falta de um enfrentamento maior e por causa do baixíssimo grau de participação de entidades, associações, federações e sindicatos. Tudo, sobretudo as propostas, foi e vem sendo tratado de modo pueril, insosso.

"Nem há garra de militantes pelo que eu pude perceber e tampouco o brilho de outras campanhas eleitorais, onde fatores como a questão ideológico eram colocados em pauta", declarou um experiente analista político, que hoje marcha como o grupo do governador Silval Barbosa.

Em conversa informal com o professor Alfredo da Motta Menezes, figura carimbada nas rodadas políticas, um clima de incertezas era evidente. O tarimbado analista ainda "espera" o desenrolar de alguns dias para vislumbrar o que o cenário tende a mostrar.

Outra experiente líder ressaltou, contudo, que essa não é uma situação "exclusiva de Mato Grosso". "Estive em São Paulo, recentemente, e não vi nada de especial em termos de campanha. Em Campo Grande, uma amiga me disse, a situação é idêntica, nem parece que há uma campanha eleitoral de muita im,portância em curso", observou a ex-parlamentar ouvida pela reportagem.

Indepdndente da "frieza e atipicidade", em verdade, Silval caminha a passos largos para vencer no primeiro turno e apostará todas as suas fichas nesta hipótese, partindo para buscar mais adesões ao seu projeto. Sabe o líder peemedebista que um segundo turno sairia caro e seria desgastante para ele e seu grupo, visto que cabalar votos não tem sido tarefa fácil.

Habilmente, Silval usa o presidente Lula e a candidata do PT, Dilma Rousseff, como seus cabos eleitorais. E ainda torce para que o presidente venha a Mato Grosso e lhe empreste mais prestígio.

Mauro Mendes, candidato do PSB, cresceu ao ponto de passar o tucano Wilson Santos, que hoje tente centrar fogo nos maiores colégios eleitorais de Mato Grosso: Cuiabá e Várzea Grande, na tentativa de reverter um quadro que não lhe é nada favorável. Mas o candidato do PSDB estará hoje em Barra do Garças e vai a outros municípios-pólos para mostar seu potencial, sua biografia e sua capacidade de gestão.

Santos e Mendes também torcem para que Silval compareça aos oito debates programados até o final deste mês, sendo três nas emissoras de televisão, pois querem continuar a mostrar o que consideram como eventuais fraquezas do candidato situacionista e as falhas da atual gestão na saúde, segurança pública, educação e no combate à corrupção.

Na corrida pelas duas vagas de senador, a situação está até intrigante, pois os candidatos do PT, Carlos Abicalil, do PSDB, Antero Paes de Barros, e do PDT, Pedro Taques, têm chances reais de ganhar a segunda vaga, visto que a primeira seria, em tese, de Maggi.

Em síntese, a água começa baixar por debaixo da ponte, mas as previsões e prognósticos ainda são cercados de cautela, apesar do favoritismo de Silval e, sobretudo, de Blairo Maggi. A sorte está lançada, mas resta saber quais os pilares da ponte permanecerão intactos até o final de setembro. 

Mais informações em instantes/Primeira atualização às 08h22
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