O ex-prefeito de Cuiabá e atual candidato ao governo, Wilson Santos (PSDB), aproveita a retomada das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na capital e utiliza, pela primeira vez, como propaganda eleitoral na reta final de campanha.
Apesar de estar um ano com a obra “empacada”, o tucano optou por deixar de lado a polêmica que envolve as obras e o escândalo da Operação Pacenas, que culminou com a paralisação dos serviços por suposta fraude nas licitações.
Durante debate realizado por evangélicos na noite desta segunda-feira (13), que também contou com a presença dos candidatos Mauro Mendes e Marcos Magno (PSOL), Santos demonstrou ver reflexos positivos para a retomada das obras e anunciou que os serviços podem iniciar a qualquer momento.
Aproveitou ainda para atacar o juiz da Primeira Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, responsável por determinar a paralisão do PAC e decretar a prisão de servidores municipais e empresários. “Toda essa bagunça por causa de um juiz que dizia para todos ser candidato e que depois, a própria operação foi anulada”, frisou.
Santos justificou ainda que os preços dos tubos estavam de acordo com a Auditoria Geral da União (AGU) e que não havia motivos para a operação. Na época, 11 pessoas foram presas por uma semana.
O inquérito que apurou indícios de irregularidades nas licitações foi arquivado. Deste então, a prefeitura enfrenta queda-de-braço com os empreiteiros e retomou parcialmente a execução das obras. Apenas a Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Tijucal.
Ausência
A ausência do governador Silval Barbosa (PMDB) no debate serviu como alvo de ataque dos advesários que aproveitaram para tecer críticas contra a postura que o peemedebista tem adotada. "Isso é uma falta de respeito para com o povo. Se ele não quer vir é por que está com medo de algo ou está se escondendo de alguma coisa?", questionou Mauro Mendes.
Wilson Santos e Marcos Magno também cobraram do governador esclarecimentos sobre fatos que envolvem o governo e ainda para que ele dê prioridade para os debates com todos os candidatos.
