Em reunião com cerca de 150 mulheres, nesta terça-feira (14), no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, o candidato ao Senado pela Coligação Senador Jonas Pinheiro, Antero Paes de Barros (PSDB) defendeu a igualdade salarial entre homens e mulheres.
Antero afirmou que, se for eleito senador, vai apresentar um projeto de lei que garanta que homens e mulheres que desempenham a mesma função recebam os mesmos salários.
A proposta de Antero leva em consideração dados do estudo "Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas", divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março deste ano, que mostra que nem mesmo o diploma de curso superior garante às mulheres a equiparação salarial com os homens.
No geral, o IBGE mostrou que a remuneração média do trabalho das mulheres, estimada em R$ 1.097,93, continua inferior à dos homens, de R$ 1.518,31. No ano passado, comparando à média anual de rendimentos dos homens e das mulheres, verificou-se que estas ganham em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens. Em 2003, esse percentual era de 70,8%.
O estudo mostrou ainda que mesmo em um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e do mesmo grupamento de atividade, a diferença entre os rendimentos persiste. “Não é justo que haja diferença de gêneros. Se a mulher exerce a mesma função que um homem, deve receber o mesmo salário que ele”, defendeu Antero.
As moradoras do bairro Dom Aquino aprovaram a proposta do candidato e elogiaram sua luta em defesa das mulheres. “A ideia do Antero é maravilhosa. Por que os homens sempre ganham mais que as mulheres? Nós, mulheres, precisamos de alguém como o Antero no Senado para defender os nossos direitos”, declarou a recepcionista Elza Aristides Alves.
A culinarista Keni Calazans acredita que a proposta dará mais incentivo às mulheres. “Nós, muitas vezes trabalhamos mais que os homens e ganhamos menos, então será muito bom termos direito à igualdade salarial”, disse.
Licença maternidade de 120 dias – Antero sempre defendeu os direitos das mulheres. Como deputado federal constituinte, foi autor da lei que incluiu na Constituição de 1988 a licença maternidade de 120 dias.
“Na época, ninguém acreditava na aprovação dessa emenda. As pessoas me diziam que isso prejudicaria as mulheres, que já sofriam discriminação no mercado de trabalho”, lembrou Antero. Mas, apesar das críticas, Antero defendeu a proposta como uma forma de acabar com essa discriminação. “A ciência mostrou que a criança que mama por mais tempo é mais saudável e a prática mostrou que a participação das mulheres no mercado de trabalho é cada dia maior. Hoje, é com muita alegria que vejo a aprovação da licença maternidade de seis meses pelo Senado”.
