Uma verdadeira onda de boatos, a maioria de cunho maldoso, simplesmente invadiu, nas últimas 48 horas, os bastidores da campanha eleitoral em Mato Grosso e, de modo óbvio e ao mesmo tempo infeliz, envolve os principais protagonistas das eleições majoritárias e ainda alcança alguns dos principais candidatos das proporcionais de deputado federal e de deputado estadual. Além dos boatos, uma onda de denuncismo e uma paranóia coletiva também é observada.
De forma lamentável, muitos dos boatos em voga nas últimas 24 ou 48 horas colocam inclusive a Polícia Federal (PF) no centro do disse-me-disse e dos fantasiosos e paranóicos casos. Para alguns incautos, a PF pode dar um bote em qualquer um a qualquer momento.
Uma insanidade, um acinte à lógica, pois a Polícia Federal, responsável pela investigação de abusos e crimes eleitorais, sempre agiu de forma correta e sempre no estrito dever.
Os paranóicos e doentes mentais de plantão querem colocar todos num mesmo balaio de gato e, querem envolver desde o governador Silval Barbosa (PMDB), Mauro Mendes (PSB), Wilson Santos (PSDB) - todos candidatos ao governo do Estado - Antero Paes de Barros (PSDB), Pedro Taques (PDT), Carlos Abicalil (PT) - candidatos ao Senado; até alguns candidatos a deputado federal, como Wellington Fagundes (PR), Carlos Bezerra (PMDB) e Saguas Moraes (PT), e candidatos a deputado estadual - João Malhaeiros (PTB), Sérgio Ricardo (PR), Mauro Savi (PR) entre outros.
Com efeito, a onda visa enlamear a reputação de alguns candidatos e causar pânico. Certamente, alguns têm e/ou já tiveram culpa no cartório, mas o teor dos boatos é tão sujo e grotesco que fica difícil crer se os espalhadores das fofocas são pessoas envolvidas no processo.
Aliás, diga-se de passagem, a troca de boatos tem sido intensificada e, como sempre, há inclusive a tradicional "traição da mulher do candidato tal com um dos coordenadores, inclusive com filmagem" da esposa saindo de um motel de Cuiabá. Bazófias e maldades dos bufões ignorantes.
Em outra vertente, os assessores vivem recebendo informações de algo de "grande" deve ocorrer a qualquer momento contra o candidato tal. Há também um boato de ameaça de morte contra um candidato a senador. Em outra maldade, a denúncia de que determinado tem filhos fora do casamento e nunca teria assumido.
Mas a pior das fofocas ou plantações é a de que um dos candidatos majoritários terá a casa invadida a qualquer momento entre hoje e a próxima semana.
Outra grande onda de boatos também envolve a Polícia Federal, que, segundo os fofoqueiros, vai realizar uma mega operação já na sexta-feira. Qualquer assessor já diz isso abertamente: olha, você já sabe da operação da próxima sexta ? E por aí vai.
Boatos sempre existem, mas em uma campanha em que os ânimos começaram a esquentar nas últimas 24 horas, seria de bom tom que a Justiça Eleitoral e os próprios partidos, além da mídia, tentassem encontrar mecanismos para evitar a propagação de sandices e imbecilidades.
A PF, certamente, vai "apanhar" e prender quem estiver fazendo maracutais, sobretudo caixa 2, e não ficar ouvindo boatos e dando crédito a eles. A PF é uma instituição de muito credibilidade e deveria dar um susto em quem propala maldades e notícias infundadas que podem prejudicar a reputação de homens e mulheres de bem.
Com relação à onda de denuncismo, os próprios grupos políticos tratam de alimentá-la, infelizmente. A troca de acusões mútuas é interessante e, ao mesmo tempo, lamentável. O que para muitos é normal, choca neófitos, porque, em verdade, trata-se de difamação barata e sem qualquer razoabilidade.
Atualizada às 09h05
